Lição 02: Somos Cristãos | 1° Trimestre de 2025 | EBD ADULTOS
TEXTO ÁUREO
“Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus.” (At 15.19).
Comentário: O versículo destacado em Atos 15.19 ilustra a sabedoria do autor ao afirmar que os gentios não deveriam ser perturbados com critérios legais incompatíveis com a liberdade cristã. O Pastor Esequias Soares evidencia, ao longo da lição, como o Cristianismo se posiciona como uma religião de fé viva em Cristo ressuscitado, distinta das práticas judaicas impostas pela Lei de Moisés. Este texto revela a essência do Evangelho: um convite à comunhão com Deus sem barreiras culturais ou rituais. Assim, aprender que a mensagem de Cristo é abrangente e acessível a todos, valorizando o relacionamento acima das relações externas. Os líderes da igreja primitiva, sob a orientação do Espírito Santo, buscaram preservar a pureza do Evangelho contra distorções, reafirmando sua natureza libertadora. Esse princípio ecoa até hoje, nos espera a viver na graça divina, rejeitando qualquer legalismo que obscureça a simplicidade da fé em Cristo.
VERDADE PRÁTICA
O Cristianismo é uma religião de relacionamento pessoal com o Cristo ressuscitado e não um conjunto de regras e ritos.
Comentário: A Verdade Prática sintetiza o âmago do Cristianismo, conforme destacado pelo Pastor Esequias Soares: uma relação pessoal com Cristo ressuscitado, livre de fardos legalistas. Essa declaração sublinha que a fé cristã transcende ritos e regulamentos, priorizando uma comunhão íntima e transformadora com o Salvador. Na atualidade, esse princípio nos desafia a avaliar nossa prática religiosa, eliminando tradições que obscurecem a centralidade de Cristo em nossas vidas. O Evangelho não é uma lista de obrigações, mas um chamado à liberdade espiritual e ao amor prático. Esta lição nos alerta a não retrocedermos ao legalismo, mas a vivermos sob a direção do Espírito Santo, experimentando a alegria da salvação. Assim como os apóstolos defendem a liberdade cristã, somos convidados a viver em plenitude, demonstrando ao mundo que Cristo é suficiente para salvar, sustentar e transformar vidas.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gálatas 2.1-9,14
1- Depois, passados catorze anos, subi, outra vez, a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.
2 – E subi por uma revelação e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios e particularmente aos que estavam em estima, para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão.
3 – Mas nem ainda Tito, que estava
comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se.
4 – E isso por causa dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus, para nos porem
em servidão;
5 – aos quais, nem ainda por uma hora, cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós.
6 – E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem, esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram;
7 – antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão
8 – porque aquele que opera eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios,
9 – e conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos os gentios e eles, à circuncisão;
14 – Mas, quando vi que não andavam bem e diretamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios avíverem como judeu?
INTRODUÇÃO
A Igreja herdou dos judeus muitas idéias e práticas no campo teológico e ético, visto que a jornada histórica da Igreja começou em Jerusalém no dia de Pentecostes numa comunidade judaica. E esses pontos de interseção levaram alguns a confundir a Lei de Moisés com a Graça. Nesta lição, veremos que Gálatas 2 é um relato de um dos debates que mostram o limite entre Judaísmo e Cristianismo, e os apóstolos, principalmente Paulo, tiveram muita dificuldade de mostrar isso aos judaizantes.
Comentário: O Pastor Esequias Soares explora a interseção entre Judaísmo e Cristianismo, destacando os desafios da igreja primitiva para diferenciar a Lei da Graça. A Igreja nasceu em um contexto judaico, herdando tradições que, por vezes, foram confundidas com a mensagem da cruz. Esta lição introduz um debate essencial sobre a separação entre o velho e o novo pacto, com ênfase em Gálatas 2, onde Paulo enfrentou os judaizantes. A dificuldade dos tópicos em esclarecer esses limites demonstra a complexidade de uma transição teológica e cultural. Para o cristão contemporâneo, esta introdução é um lembrete de que a fé deve estar firmada na obra redentora de Cristo, e não em tradições humanas. A história da igreja primitiva nos inspira a preservar a essência do Evangelho, protegendo-o de qualquer influência que obscureça a liberdade que temos em Cristo.
I- PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE
1 – Subindo outra vez a Jerusalém (Gl 2.1,2).
Catorze anos depois da sua conversão a Cristo, Paulo sobe pela segunda vez a Jerusalém. Essa segunda visita foi por revelação (v.2; At 11.27-30), não sendo uma convocação pelos apóstolos para prestação de contas. Não podemos confundir essa visita de Paulo com a sua ida ao Concílio de Jerusalém, registrado em Atos 15. Infere-se que a Epístola aos Gálatas foi escrita antes do referido Concílio, pois não há menção dele na carta, visto que o Concílio tratou do mesmo assunto (At 15.5,6). Somando os anos mencionados em Gálatas, podemos afirmar que essa visita aconteceu antes de sua Primeira Viagem Missionária.
Comentário: No primeiro ponto da lição, o Pastor Esequias Soares enfatiza a importância da segunda visita de Paulo a Jerusalém, destacando a intervenção divina que a motivou. Ao contrário de uma convocação humana, esta visita foi uma aprovação a uma revelação do Espírito Santo. O apóstolo Paulo não buscou aprovar sua pregação, mas queria ter certeza de que sua missão aos gentios estava em plena conformidade com o propósito divino. A coragem de Paulo, ao manter firme a pregação da graça contra as tentativas de judaizantes, é um exemplo para a igreja atual. Em nossa caminhada, somos desafiados a sermos firmes em nossa verdade da suficiência da graça de Cristo, resistindo às pressões que tentam introduzir práticas que desviam o foco do Evangelho simples e puro. Paulo, assim como o Pastor Soares nos orienta, nos ensina a defender a verdade sem tergiversar, confiantes na liderança divina.
2- Objetivo da reunião.
É bom lembrar que essa reunião não foi um concílio nem um sínodo. É possível que essa segunda visita, por meio de revelação (v.2), tenha ligação com Ágabo, pois a missão de Paulo, pelo que parece, foi levar donativos para os irmãos pobres da Judéia (At 11.27-30). Aproveitando a ocasião, o apóstolo expôs o Evangelho que vinha pregando aos gentios há catorze anos (vv.1,2). Ele tinha convicção de que recebeu esse Evangelho de Deus e estava consciente de que a sua subida a Jerusalém era em obediência a uma ordem divina.
Comentário: O Pastor Esequias Soares esclarece que uma reunião a que Paulo se referia não era um concílio formal, mas uma oportunidade providencial para fortalecer a pregação do Evangelho. A reunião teve como foco a defesa da transmissão do Evangelho pregado por Paulo, que era contrário às imposições legalistas dos judaizantes. O apóstolo não cedeu à pressão e, com sinceridade, apresentou sua visão da Graça como o único meio de salvação. Isso nos desafia a reflexão sobre a nossa postura diante dos desafios doutrinários. Em muitas situações, o cristão é confrontado com ensinamentos que distorcem a simplicidade do Evangelho. Devemos, como Paulo, ter coragem e clareza para manter a pureza da fé em Cristo, rejeitando todas as tentativas de acréscimos rituais ou obrigações. A verdade do Evangelho não pode ser comprometida, pois ela é a chave para a verdadeira liberdade.
3- Tito e a circuncisão (v.5).
Barnabé era judeu (At 4.36) e seu nome aparece três vezes nesse capítulo (vv.1,9,13); sua presença na reunião em Jerusalém não seria um problema. Tito, no entanto, sendo grego, foi um risco que Paulo correu, mas não foi uma provocação introduzir um incircunciso no seio dos judeus. Os judaizantes queriam que Tito fosse circuncidado. Encontramos no Novo Testamento a compreensão e a tolerância de Paulo com os fracos na fé, a ponto de circuncidar Timóteo, mas ele era judeu, pois sua mãe era judia (At 16.3); no entanto, nessa reunião em Jerusalém, onde expôs o Evangelho que pregava aos gentios, ele não cedeu nem um pouco, “nem por uma hora” (v.5). Isso por duas razões: Tito era grego, e porque estava em jogo a verdade do Evangelho e o futuro do próprio Cristianismo.
Comentário: A decisão de Paulo em não permitir que Tito fosse circuncidado, conforme relata o Pastor Esequias Soares, foi uma defesa decisiva da liberdade cristã contra as práticas legalistas. Paulo reconhecia que a circuncisão não tinha valor algum para a salvação, sendo desnecessária para os gentios. Esse ato de resistência dos judaizantes, que queriam importar a circuncisão, representava um perigo para a pureza do Evangelho. Paulo, portanto, não cedeu “nem por uma hora”, pois sabia que o que estava no jogo não era apenas a verdade do Evangelho, mas também a própria essência da fé cristã.
O exemplo de Paulo nos ensina que não devemos permitir que práticas externas, que não tenham base no Evangelho, ocupem o centro da nossa vida cristã. A salvação é um dom de Deus, realizada somente pela fé em Cristo, e não por observâncias ou rituais. O cristão deve, assim, proteger sua fé contra toda tentativa de subverter a simplicidade do Evangelho, resistindo à tentativa de adição de critérios que distorcem a graça de Deus. A lição de Paulo é clara: a liberdade que temos em Cristo deve ser defendida com firmeza, sempre que for ameaçada por ensinos que busquem aprisionar a alma do crente.
II- A TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA
O espanto do apóstolo.
Tão logo Paulo retornou de sua viagem, ficou sabendo que os irmãos da Galácia estavam vivendo outro evangelho, e isso deixou o apóstolo estarrecido e atônito pela rapidez do desvio deles (Gl 1.6). O verbo grego metatithesthe, “deixar, abandonar, desertar, mudar de pensamento, virar a casaca”, que o apóstolo emprega nessa passagem, era usado na antiguidade quando alguém desertava do exército ou se rebelava contra ele. Isso significa também mudança de partido político, filosofia e religião. Em outras palavras, aqueles irmãos gálatas estavam abandonando a fé.
Comentário: O Pastor Esequias Soares, ao comentar sobre a surpresa de Paulo ao descobrir que os gálatas estavam desviando-se tão rapidamente do Evangelho, nos alerta para a velocidade com que os erros podem se espalhar dentro da igreja. Paulo se espantou com a rapidez do abandono da verdadeira fé, algo que, como ele mesmo destaca, pode ser comparado a uma deserção. Os gálatas estavam trocando a liberdade do Evangelho pela escravidão das obras da Lei, uma transição perigosa que, como Paulo nos ensina, representa um verdadeiro abandono da fé genuína. Essa lição é pertinente para a igreja contemporânea, onde frequentemente nos deparamos com mudanças rápidas em doutrinas, práticas e atitudes que podem levar ao desvio. Devemos estar alertas e firmes na defesa da pureza do Evangelho, garantindo que não sejamos facilmente arrastados por falsas doutrinas ou práticas que afastam o cristão da graça de Cristo.
2- Quem eram os judaizantes (v.4)?
O termo judaizante vem do verbo grego ioudaizō, “viver como judeu, adotar costumes e ritos judaicos”, e aparece uma única vez no Novo Testamento (Gl 2.14). Eles eram os opositores de Paulo, identificados também como “falsos irmãos” (v.4). São reconhecidos no capítulo anterior (Gl 1.7) como os que se apresentavam como enviados por Jerusalém, a igreja-mãe. Na verdade, esses homens saíram de Jerusalém por sua própria conta. Tiago negou formalmente as declarações deles, dizendo que não os havia enviado (At 15.24). Eram legalistas dentre os judeus, e por isso chamados de judaizantes. Esses judeus, convertidos ao Senhor Jesus, ensinavam que os gentios deveriam observar a Lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1).
Comentário: O Pastor Esequias Soares explica com clareza a origem dos judaizantes e sua tentativa de distorcer o Evangelho. Esses “falsos irmãos”, como Paulo os chama, eram judeus convertidos que insistiam que os gentios deveriam seguir a Lei de Moisés para serem verdadeiramente salvos. Eles negaram a suficiência da obra de Cristo, impondo práticas e rituais que não tinham respaldo no Novo Testamento. Esse ensinamento, de acordo com o Pastor Soares, é um alerta para a igreja de hoje, pois a tentativa de retornar a uma religiosidade baseada em obras é uma constante. O cristão deve ter discernimento para identificar e resistir a esse tipo de influência que enfraquece a mensagem da graça. O Evangelho é claro e direto: a salvação é pela fé em Cristo, e não pela observância da Lei.
3- O clima de tensão (vv. 3-5).
Não é necessário muito esforço para perceber o quanto Paulo e Barnabé foram pressionados pelos judaizantes diante dos demais apóstolos de Jerusalém. À luz do versículo 9, parece que somente João, Pedro e Tiago estavam presentes. Os outros apóstolos deviam estar em plena atividade missionária em outras regiões. Os judaizantes chamados de “falsos irmãos” conseguiram “furar o bloqueio” e entraram sem serem convidados à reunião (v.4). Eram inimigos da liberdade cristã, do Evangelho, de Paulo e do próprio Cristianismo. O pior de tudo é que essas pessoas estavam infiltradas na igreja, e conseguiam até entrar em reuniões apostólicas.
Comentário: O Pastor Esequias Soares, ao comentar sobre a tensão gerada pelos judaizantes, revela um aspecto crítico da vida cristã primitiva. Esses “falsos irmãos” se infiltraram na igreja, não só desafiando Paulo e Barnabé, mas também ameaçando a unidade e a liberdade que o Evangelho proporciona. A infiltração de ideias errôneas é um problema constante dentro da igreja, muitas vezes disfarçada sob uma aparência de zelo religioso, mas, na verdade, comprometem a fé cristã. Essa tensão não se limita ao passado, pois hoje, a Igreja também enfrenta questões semelhantes, onde doutrinas distorcidas buscam desviar a verdade do evangelho genuíno. O apóstolo Paulo, com coragem, defendeu a pureza do Evangelho e a liberdade cristã, sem ceder aos ataques dos judaizantes. Assim, devemos seguir seu exemplo e lutar para preservar a verdadeira fé.
III – A TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE
O mesmo Evangelho (vv.7-9).
O Evangelho é um só, não há dois. O Evangelho de Pedro e o de Paulo, também chamado respectivamente de Evangelho da Circuncisão e da Incircuncisão, são meras formas de apresentação, pois o conteúdo é o mesmo. Ambos receberam uma incumbência da parte de Deus, mas com audiências diferentes. O compromisso de Paulo era com os gentios, ele foi constituído, por Deus, apóstolo e doutor dos gentios (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) para pregar aos não judeus (Rm 11.13); o de Pedro era com os judeus, mas a mensagem é a mesma.
Comentário: O Pastor Esequias Soares, ao esclarecer que o Evangelho é um só, nos ensina que as diferentes abordagens de Pedro e Paulo não alteram a essência da mensagem. Ambos os apóstolos receberam uma incumbência divina, mas para públicos distintos: Pedro, os judeus, e Paulo, os gentios. Essa distinção não significa, porém, que houvesse dois evangelhos, mas que a mesma verdade foi anunciada de formas adequadas a cada grupo. A lição que tiramos disso é que, independentemente das diferenças culturais ou de contexto, o conteúdo do Evangelho permanece imutável. O cristão deve estar atento para não cair em divisões sectárias, pois, muitas vezes, as divisões geradas por questões específicas acabam obscurecendo a verdade central da mensagem de Cristo. Portanto, a unidade do corpo de Cristo é fundada na firmeza da verdade do Evangelho, que é o mesmo para todos, independentemente da nacionalidade ou tradição religiosa.
O perigo da doutrina judaizante.
Os apóstolos viam em tudo isso dois problemas sérios: ameaça à liberdade cristã e o perigo de o Cristianismo se tornar uma mera seita judaica. Os cristãos judaizantes alteravam o cerne do Evangelho, pois colocavam a Lei como complemento da obra que Jesus efetuou no Calvário. Era, de fato, “outro evangelho”, por isso o apóstolo Paulo os amaldiçoou (Gl 1.8,9). Na verdade, quem tem o Espírito Santo vive pelo Espírito. Então, contra a tendência judaizante é preciso aprender a viver na dependência do Espírito e não da Lei, lutando contra os vícios da carne e buscando as virtudes do fruto do Espírito.
Comentário: O Pastor Esequias Soares destaca que os judaizantes representavam uma ameaça grave à liberdade cristã e à pureza do Evangelho. Eles procuravam adicionar à obra de Cristo critérios legais, como a observância da Lei, colocando a graça de Deus em segundo plano. Paulo, ao se propor a essa prática, demonstrou que qualquer tentativa de complementar a obra de Cristo com as obras da Lei exige a verdadeira natureza do Cristianismo. Essa lição ainda é válida para a Igreja hoje, pois a tentativa de adicionar elementos humanos ou legais à fé cristã permanece presente. O Evangelho de Cristo é uma mensagem da graça, que liberta, e não de um conjunto de regras que escravizam. Portanto, vivendo pela dependência do Espírito, o cristão deve ser vigilante contra qualquer doutrina que procure obscurecer ou substituir a obra redentora de Cristo.
As práticas judaizantes atuais.
Elas são basicamente a guarda do sábado, a observância rigorosa do kashrut (termo hebraico para as leis dietéticas do judaísmo), a liturgia da sinagoga, o uso do shofar, “trompa”, geralmente feito de chifre de carneiro; o uso de talit, o manto ou xale usado para oração; e, o uso do kippar, o solidéu que os judeus religiosos usam sobre a cabeça.
a) Os judeus.
Os judeus messiânicos, principalmente em Israel, seguem a tradição judaica. Isso acontece simplesmente para preservar a identidade cultural deles e tem amparo neotestamentário: “É alguém chamado, estando circuncidado? Fique circuncidado” (1 Co 7.18a). Ou seja, na conversão a Cristo do judeu, ele não precisa mudar a sua tradição e cultura.
b) Os não judeus.
Da mesma forma: “É alguém chamado, estando incircuncidado? Não se circuncide” (1 Co 7.18b). Ou seja, ele não precisa se judaizar. É erro o não judeu adotar práticas judaicas na liturgia e no dia a dia para imitar o Judaísmo. Paulo conclui: “Cada um fique na vocação em que foi chamado” (1 Co 7.20).
Comentário: O Pastor Esequias Soares nos faz refletir sobre as práticas judaizantes presentes na atualidade, como a observância do sábado, a dieta kosher e outras tradições do Judaísmo. Ele explica que, para os judeus messiânicos, essas práticas são culturalmente significativas, mas para os gentios convertidos, elas são desnecessárias. O apóstolo Paulo ensinou que os gentios não precisam se submeter às práticas do Judaísmo para viverem uma fé genuína em Cristo. A verdadeira identidade cristã é estabelecida pela fé em Jesus, e não pela adoção de rituais externos. Essa lição é essencial para o cristão moderno, pois, em alguns círculos, há uma tendência crescente de adotar práticas judaicas sob a falsa localização de que elas são essenciais para a espiritualidade cristã. Assim, o cristão deve manter sua liberdade em Cristo, sem se submeter a práticas que não têm fundamento na graça e na obra redentora de Jesus.
CONCLUSÃO
O resultado da reunião foi desfavorável aos judaizantes. Só o fato de os apóstolos, sendo judeus, concordarem com a explicação sobre a especificidade de cada grupo dada por Paulo, já apontava o engano desses legalistas sobre a obra salvífica em Cristo. Esse resultado serviu tanto aos gálatas como a todo o Cristianismo nesses mais de vinte séculos de história. Assim, a diferença entre os judeus messiânicos e os cristãos judaizantes atuais é que os judeus estão preservando uma cultura hereditária do seu povo e os judaizantes colocando “remendo novo em pano velho” (Mt 9.16).
Comentário: O Pastor Esequias Soares conclui que a reunião dos apóstolos em Jerusalém foi decisiva para refutar a influência dos judaizantes, que buscavam acrescentar à obra de Cristo o cumprimento da Lei. Afirmou claramente com que os apóstolos, todos os judeus, consideraram a especificidade da missão de Paulo para os gentios e confirmaram a centralidade da graça na salvação é um legado que a Igreja deve preservar. Hoje, ainda lidamos com a presença de judaizantes, que distorcem o Evangelho ao tentar impor práticas externas como condições para a salvação. Portanto, a verdadeira fé cristã, como ensinada por Paulo, é fundamentada na graça de Deus e não nas obras da Lei. O cristão deve resistir à tentativa de “remendar” o Evangelho com tradições humanas, preservando a simplicidade e a pureza da mensagem de Cristo.
Leia a lição 01 aqui: https://palavrafortededeus.com.br/quando-as-heresias-ameacam-a-unidade-da-igreja/
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