LIÇÃO 9: DAVI: FORJADO PELO TEMPO

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS

2º Trimestre de 2025

Título: Davi: de pastor de ovelhas a rei de Israel — Fé e ação em meio às adversidades da vida

Autor: Marcos Tedesco

LIÇÃO 9: DAVI: FORJADO PELO TEMPO

TEXTO PRINCIPAL

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Ec 3.1).


Comentário: A princípio, esta passagem bíblica declara que Deus designa um tempo específico para cada evento e propósito sob o céu. Assim, Eclesiastes enfatiza a importância de reconhecer e aceitar o ritmo divino na vida, confiando que Ele orquestra todas as coisas no momento oportuno.

Contudo, em meio à pressa e à ansiedade do mundo moderno, este versículo nos lembra da necessidade de paciência e fé. Assim, a Palavra de Deus nos convida a buscar discernimento para compreender os tempos de Deus, em vez de tentar forçar nossos próprios planos e cronogramas.

RESUMO DA LIÇÃO

Deus preparou Davi para sua missão com um grande intervalo de tempo entre o chamado de Davi e o início do seu reinado.


Comentário: Este segmento da lição destaca que Deus usou o tempo como ferramenta essencial para moldar Davi. Assim, o período entre a unção profética e a ascensão ao trono não foi um mero hiato, mas uma oportunidade para o crescimento, onde Deus refinou o caráter, as habilidades e a fé de Davi.

Desse modo, é crucial reconhecer que os tempos de espera e preparo são oportunidades valiosas para o crescimento espiritual e o fortalecimento da confiança em Deus. Assim, essa perspectiva nos encoraja a abraçar cada fase da vida como um degrau para o cumprimento do propósito divino, em vez de lamentar a demora ou a aparente inatividade.

SABER que Davi teve que enfrentar longos anos de espera e preparação de preparação para receber as promessas de Deus;
RESSALTAR o tempo de Deus em nossas vidas;
COMPREENDER que a nossa caminhada é também um tempo de aprendizagem

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), comece o primeiro tópico da lição com esta pergunta: “Basta, na obra do Senhor, ter a promessa, o sonho e o chamado?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, explique que Samuel ungiu Davi, ainda na adolescência. Era natural que Davi ainda precisasse aprender e amadurecer.

Não basta a promessa (Js 1.1-9), o sonho (Gn 37.5-10) e o chamado (1Sm 16.1-13); é preciso colocar posturas sob nossas perspectivas após as promessas, sonhos e chamados. É necessário permitir que o Senhor nos trabalhe (Sl 18.30-35). Ao olhar as histórias de Josué, José e Davi, podemos perceber o quanto precisavam aprender a partir da visão inicial de suas caminhadas: nenhum lançou-se em sua missão sem compreender quais seriam as suas ações no processo.

TEXTO BÍBLICO

1 Samuel 24.4-8
4 Então, os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia do qual o Senhor te diz Eis que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer bem a teus olhos E declarou-se Davi e. mansamente, cortou a orla do manto de Saul.
5 Sucedeu, porém, que depois, o coração doeu a Davi, por ler cortado a orla do manto de Saul:
6 e disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, estendendo eu a minha mão contra ele, pois é o ungido do Senhor.
7 E. com estas palavras Davi conteve os seus homens e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul e Saul se clamasse da caverna e intrometeu-se no seu caminho.
8 Depois, também Davi se declarou, e saiu da caverna, e se reuniu por detrás de Saul. dizendo: Rei, meu senhor! E, olhando Saul para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra e se prostrou.

INTRODUÇÃO

Estamos diante de um fator muito importante para que tudo aconteça da melhor forma possível: o tempo. O tempo é um dos melhores professores, porém precisamos entender as palavras por ele escolhidas para nos ensinar.

O Senhor escolheu e ungiu Davi para uma grande missão. Para tal, era necessário muito aprendizado nas mais diversas áreas da vida. Não foram momentos fáceis, mas o homem segundo o coração de Deus soube esperar e deixar ser moldado para cumprir os propósitos divinos.


Comentário: De fato, este trecho introduz o tema central da lição: o tempo. Assim, o tempo, longe de ser um mero intervalo cronológico, atua como um mestre, moldando nossas vidas por meio de experiências, desafios e aprendizados.

Assim, a compreensão da sabedoria do tempo nos capacita a valorizar cada momento, a aprender com o passado e a aguardar com paciência o cumprimento dos propósitos divinos em nosso futuro. Desse modo, essa perspectiva nos liberta da ansiedade e da impaciência, permitindo-nos desfrutar plenamente da jornada da vida.

I – LONGOS ANOS DE ESPERA E DE PREPARO

1. Na espera, aprendizado. Samuel ungiu Davi ainda na adolescência. Era perfeitamente natural que Davi ainda precisasse aprender e amadurecer. As tarefas que Davi desempenhava no campo eram, em complexidade, muito distantes das que um dia ele assumiria ao sentar-se no trono de Israel. No entanto, ali no campo com as ovelhas, ele já era aquele que é mencionado como “o homem segundo o coração de Deus” (1Sm 13.14; At 13.22).

Não basta a promessa (Js 1.1-9), o sonho (Gn 37.5-10) e o chamado (1Sm 16.1-13); é preciso colocar posturas sob nossas perspectivas após as promessas, sonhos e chamados. É necessário permitir que o Senhor nos trabalhe (Sl 18.30-35). Ao olhar as histórias de Josué, José e Davi, podemos perceber o quanto precisava ser desenvolvido a partir da visão inicial de suas caminhadas; nenhum lançou-se em sua missão sem compreender quais seriam as suas ações no processo.

O Senhor nos chama, mas também nos convoca ao preparo, ao amadurecimento e ao tempo de relacionamento com o divino em uma caminhada crescente de intimidade e comunhão.


Comentário: Em outras palavras, este trecho enfatiza que Davi passou por um período de aprendizado na espera. Portanto, Samuel ungiu Davi na adolescência, e ele precisava amadurecer. As tarefas no campo, com as ovelhas, eram mais simples do que as tarefas no trono de Israel. Mas Deus já via Davi como “homem segundo o coração de Deus” (1Sm 13.14; At 13.22).

Assim, o chamado divino não é uma garantia de sucesso imediato, mas um convite para um processo de crescimento e transformação. O tempo de espera, embora desafiador, oferece oportunidades valiosas para desenvolver habilidades, fortalecer o caráter e aprofundar o relacionamento com Deus.

2. Quando a “vitória” não vem do Senhor. Como são grandes as nossas lutas, não é mesmo? Há momentos em que, já cansados da caminhada, nos deparamos com imagens revigorantes e oportunidades imperdíveis que parecem ser a resposta de nossas orações. Porém, precisamos cuidar para que não confundamos oásis com miragens, nem bênçãos do Senhor com armadilhas do Inimigo. Para tanto, precisamos estar sempre focados na direção divina.

Davi passou exatamente por essa situação, porém o seu coração pertencia a Deus e não se deixou levar pelas aparências (1Sm 24). Saul, em sua caçada a Davi, entrou em uma caverna. Lá achou que estava em segurança e reservado dos olhares alheios. Porém, Davi também estava lá com os seus homens que lhe disseram palavras tentadoras: “Hoje é o dia do qual o Senhor lhe falou — ‘Eis que eu entrego o seu inimigo nas suas mãos, e você fará com ele o que bem quiser’”.

Como é fácil achar que, diante de oportunidades “imperdíveis”, estamos presenciando uma “vitória” enviada por Deus. Mas, assim como foi com Davi, precisamos estar sensíveis à vontade do Senhor.


Comentário: Este trecho adverte sobre a importância de discernir a vontade de Deus em meio às lutas. Assim sendo, o cansaço e a sede por resultados podem nos levar a confundir falsas promessas com respostas divinas. Desse modo, a chave para evitar enganos é manter o foco na direção de Deus, buscando discernimento por meio da oração, da Palavra e do conselho de pessoas sábias e experientes. Essa vigilância constante nos protege de armadilhas e nos guia para as verdadeiras bênçãos que o Senhor preparou para nós.

Palavras aparentemente boas, mas mascaravam uma grande armadilha. Após cortar um pedaço das vestes de Saul, já fora da caverna, Davi jurou lealdade ao rei, reafirmou sua fidelidade e prometeu bondade para com a casa do velho monarca.

3. Duas mortes, dois prantos. O Monte Gilboa foi o palco de muito sangue derramado: no mesmo dia lá tombaram o rei Saul, seus três filhos, Jônatas, Abinadabe e Malquisua, seu escudeiro e suas tropas. Diante desse fim trágico, a postura de Davi foi mais uma demonstração de sua integridade e distinção. O senso comum levaria muitos a celebrar a morte do perseguidor e a possibilidade de alcançar o tão almejado trono, mas não foi assim com o homem segundo o coração de Deus.

O lamento de Davi pelas mortes de Saul e Jônatas é para nós um grande exemplo de fidelidade aos planos do Senhor e reconhecimento da relevância da honra. Jônatas era seu amigo e o pranto foi genuíno. Saul era o seu rei e o ungido do Senhor. Davi não dançou, não sorriu, não serviu um banquete, pelo contrário, chorou muito, compôs um cântico de honra (2Sm 1.17-27) e não permitiu que faltassem com o respeito devido ao monarca morto (2Sm 1.1-16).


Comentário: Esta passagem destaca a integridade de Davi diante da morte de Saul e Jônatas. Em face disso, a reação de Davi, em vez de celebrar a remoção de seus obstáculos, demonstra um caráter nobre e fiel aos princípios divinos.

Dessa forma, o lamento de Davi serve como um exemplo de como devemos honrar aqueles que nos precederam, mesmo que tenham sido nossos oponentes. A integridade e a honra são valores que transcendem as circunstâncias e revelam a verdadeira essência de um coração alinhado com a vontade de Deus.

SUBSÍDIO 1

Professor(a), reforce a ideia de que é bom ser chamado por Deus, no entanto, precisamos nos capacitar para o serviço. Nossa dedicação ao preparo é um bom reflexo do nosso compromisso com o Senhor. Às vezes nos deparamos com boas oportunidades, mas que podem ser armadilhas. Por isso, é importante que sejamos sempre guiados pela direção divina.

II – O TEMPO DE DEUS

1. Uma trajetória admirável. Davi soube esperar o tempo de Deus e foi o protagonista de uma trajetória admirável e inspiradora. Desde o dia em que foi ungido pelo profeta Samuel até o dia em que começou o seu reinado, viveu uma caminhada de muita paciência, aprendizado e serviço.

Esses três fatores foram essenciais e, caso não se fizessem presentes, com certeza não teríamos o mesmo resultado: a paciência o fez se desenvolver no tempo certo (Gl 6.9); o aprendizado lhe permitiu adquirir habilidades necessárias à missão que assumiria (Sl 119.73); o serviço lhe deu a prática necessária para desenvolver a excelência.

Diante da fidelidade ao Senhor, Davi foi abençoado e teve uma trajetória belíssima: filho dedicado e servo fiel; pastor de ovelhas zeloso; corajoso ao defender seu rebanho; matador de gigante; músico virtuoso e cheio do Espírito; embora fugitivo em terra estranha, fiel ao seu rei e ao seu povo; zeloso pelo ungido do Senhor; bondoso com as casas de Saul e Jônatas; restaurador das leis transgredidas iniciando um tempo de maior devoção; rei por quarenta anos unificando as tribos de Israel; conquistador de sete nações inimigas; traz com muito zelo a arca para Jerusalém; fortalece e expande o exército de Israel; viabiliza a prosperidade no reino e prepara o caminho para o seu filho, Salomão.


Comentário: Este trecho exalta a trajetória de Davi como um exemplo de espera e obediência ao tempo de Deus. Dessa forma, Davi demonstrou paciência, aprendizado e serviço ao longo de sua jornada, desde a unção até o reinado. Portanto, essas três qualidades se tornaram essenciais para a sua preparação e para o cumprimento do propósito divino em sua vida. A trajetória de Davi serve como um modelo para todos nós, ensinando-nos a confiar no tempo de Deus, a aprender com cada experiência e a servir com alegria e dedicação.

2. O reino que não terá fim. Ungido pelo Senhor, Davi foi um rei que se destacou na história por sua integridade, por praticar uma gestão assertiva, pela dependência divina, e viabilizar uma relevância de Israel sobre os demais reinos da época. Além disso, confiou na promessa divina de um reino que não teria fim (Lc 1.32,33): o Reino de Deus.

Deus estabeleceu uma aliança com Davi (2Sm 7.16) onde prometeu que o seu reino seria firmado para sempre. Essa aliança tornou-se um marco na história daquele povo e manteve vivida a esperança na vinda do Messias (Is 9.6,7).

Participante da descendência de Davi (Rm 1.3), o Messias estabeleceria o reino que não teria fim (Mt 21.9) e, na plenitude dos tempos, tal promessa se concretizou (Gl 4.4,5). A Palavra de Deus nos traz diversas verdades sobre o Reino de Deus: que já está presente e que não veio de forma alarmante (Lc 17.20-25); o descreve como justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17); também o descreve como um império eterno que jamais passará (Dn 7.14); e o apresenta como eterno com domínio sobre todas as gerações (Sl 145.13).


Comentário: Este segmento ressalta que Deus ungiu Davi e ele se destacou como rei. Dessa forma, a integridade, a gestão, a dependência divina e a relevância de Israel marcaram o reinado de Davi.

Nesse sentido, Davi confiou na promessa de um reino eterno (Lc 1.32,33), o Reino de Deus. Essa fé o impulsionou a buscar a justiça, a paz e a prosperidade para o seu povo, estabelecendo um legado que apontava para a vinda do Messias.

3. Um nome a ser lembrado. Algo que precisa ser destacado em nossa cosmovisão é o fato de que toda a honra e glória pertencem ao nosso Deus (Sl 115.1). Como é bom saber que o principal propósito de nossas vidas é glorificar ao nosso Senhor. Todas as coisas foram por Ele criadas e sem a sua ação nada existiria.

Diante de nossos esforços pessoais e projetos, quer sejam de âmbito privado ou coletivo, somos por vezes mencionados e celebrados. Mas, jamais esqueçamos de que o que há de mais precioso em nós, é fruto dos propósitos do Senhor se cumprindo em nossas vidas. Tudo o que fizermos deve glorificar a Deus (1Co 10.31).

Estabelecida a condição acima, veja algo admirável na vida de Davi; poucos nomes foram tão mencionados e celebrados quanto o do belemita. Após tantos séculos e milênios de história, é praticamente impossível fazermos uma lista com os nomes mais respeitados e deixarmos de fora o nome Davi.


Comentário: Este fragmento enfatiza que toda a honra e glória pertencem a Deus (Sl 115.1). Portanto, o propósito principal de nossas vidas é glorificar a Deus. Todas as coisas foram criadas por Ele e sem a Sua ação nada existiria.

Desse modo, essa perspectiva nos lembra da importância de reconhecer a soberania de Deus em todas as áreas de nossas vidas. A gratidão e a humildade devem nos guiar em todas as nossas realizações, reconhecendo que somos meros instrumentos nas mãos do Criador.

III – NA CAMINHADA, TEMPO DE APRENDIZADO

1. Kairós e Chronos. Essas duas palavras de origem grega nos ajudam a compreender a dimensão de “tempo”. Em uma tradução simples para o português, ambas significam tempo. Porém, no sentido bíblico, são bem distintas.

Chronos faz referência ao tempo subordinado ao relógio, quantitativo, que é marcado a partir dos movimentos de translação e rotação da Terra. É o tempo que nos orienta na organização do nosso cronograma diário, mensal, anual e assim por diante. Já Kairós é o “tempo oportuno” e possui uma natureza qualitativa apontando para o momento adequado de determinado evento/experiência dentro dos propósitos divinos.

Duas passagens bíblicas que nos ajudam entender esse conceito foram vividas por Jesus e seus discípulos: em um momento o Mestre afirma “a minha hora ainda não chegou” (Jo 7.6), logo mais declara “a minha hora chegou” (Jo 12.23). Não há contradição, em um momento encontramos o Chronos, no outro, o Kairós.


Comentário: Afinal, este trecho introduz os conceitos gregos de Kairós e Chronos para enriquecer a compreensão do tempo. Desse modo, o Chronos representa o tempo cronológico, mensurável e linear, enquanto o Kairós se refere ao tempo oportuno, qualitativo e significativo.

Nesse sentido, a distinção entre esses dois conceitos nos ajuda a perceber que o tempo não é apenas uma sucessão de momentos, mas também uma oportunidade para o cumprimento dos propósitos divinos. O Kairós nos convida a estar atentos aos sinais de Deus, a discernir o momento certo para agir e a aproveitar cada oportunidade com sabedoria e fé.

2. Por que Deus demora tanto para agir? Por vezes, nos momentos mais difíceis, fazemos essa pergunta: “até quando?” Em nosso entendimento limitado, podemos até achar que já é o momento de passarmos para próximas etapas. No entanto, há o tempo certo para tudo. Deus nunca tarda. Sempre chega na hora certa (2Pe 3.9).

Davi, ungido ainda na sua adolescência, só foi alcançado pela promessa já aos trinta anos de idade. Parece claro para nós que ele precisava ser preparado para tal obra, porém olhemos a partir do ponto de vista de Davi passando pelas provas, perseguições, incompreensões, apertos e dificuldades. Com certeza, o Chronos foi bem impiedoso com o nosso futuro rei. Que bom que para ele o Kairós falava muito mais alto.


Comentário: Em verdade, este trecho aborda a questão da demora de Deus em agir, especialmente em momentos difíceis. Portanto, a espera pode gerar ansiedade e questionamentos, levando-nos a duvidar do tempo de Deus.

Desse modo, é importante lembrar que a perspectiva humana é limitada e que Deus age de acordo com um plano maior e perfeito. A fé nos capacita a confiar que Ele nunca se atrasa e que sempre chega no momento certo (2Pe 3.9), mesmo que não compreendamos Seus caminhos.

2. Como é bom estar no tempo de Deus. Quando nos permitimos estar no tempo de Deus somos agraciados com as bênçãos decorrentes desse processo. Há tempo para todas as coisas (Ec 3.1), devemos nos alegrar diante dessa verdade, o tempo de Deus é sempre perfeito (2Sm 22.31).

Existem momentos em que o Senhor trabalha em nossas vidas, e essa ação requer uma dimensão temporal que sai do simples controle do relógio e passa para a dinâmica do amadurecimento na caminhada. É o Kairós nos envolvendo em uma ação de desenvolvimento pleno, para tanto, devemos nos entregar de coração.


Comentário: Em suma, este trecho celebra a alegria de estar no tempo de Deus. Assim, a entrega à vontade divina nos proporciona bênçãos e nos alinha com o propósito perfeito (2Sm 22.31).

Dessa forma, a confiança no tempo de Deus nos liberta da ansiedade e da impaciência, permitindo-nos desfrutar plenamente de cada fase da vida. A entrega e a fé são as chaves para experimentar a plenitude do Kairós em todas as áreas de nossas vidas.

SUBSÍDIO 3

Professor(a), explique aos alunos que “Chronos é a duração, Kairós é a oportunidade. Nós serenamente medimos o Chronos com relógios e calendários; perdemo-nos arrebatadamente no Kairós por nos apaixonarmos ou saltarmos na fé. Se somos dominados por uma sensação de Chronos, o futuro é fonte de ansiedade, sangrando energia do presente ou deixando-nos descontentes com o presente.

Mas se somos dominados por uma sensação de Kairós, o futuro é fonte de expectativa que verte energia no presente. Uma obsessão com o Chronos — horários rígidos, esquemas de atividades cuidadosamente planejados — é uma defensiva disfarçada contra o Kairós de Deus, os inesperados descontrolados ministérios da graça.” (PALMER, Michel D. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001).

CONCLUSÃO

Davi foi chamado para uma missão muito especial, porém foi preciso um longo preparo até que pudesse, finalmente, iniciar o seu reinado em Israel. Foi um tempo de muito aprendizado, sempre conduzido sob a direção divina. O filho de Jessé soube viver o Kairós e, ao longo desse “treinamento”, esperar convicto de que tudo estava sob o controle do Senhor. Que possamos seguir o exemplo deixado por Davi e, no tempo certo, viver os planos de Deus para as nossas vidas.


Comentário: Em resumo, a lição nos convida a seguir o exemplo de Davi, que aguardou o tempo de Deus com fé e paciência. Assim, o aprendizado e o preparo foram essenciais para que Davi cumprisse sua missão. Portanto, que possamos viver o Kairós e confiar que tudo está sob o controle do Senhor. Que sigamos o exemplo de Davi e vivamos os planos de Deus no tempo certo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima