LIÇÃO 5 – DAVI: PROVADO PELO CIÚME – 2º TRIMESTRE DE 2025
TEXTO PRINCIPAL
“Guardem-me a sinceridade e a retidão, porquanto espero em ti.” (Sl 25.21)
Comentário: Este versículo revela a essência da confiança em Deus em meio às provações. O salmista clama pela preservação de sua sinceridade e retidão, demonstrando que a esperança em Deus é o alicerce para manter a integridade. Portanto, este versículo é um convite à reflexão sobre a nossa postura diante das adversidades e a nossa dependência de Deus para permanecermos fiéis aos seus princípios. Além disso, o apóstolo Pedro nos recorda a importância de lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade, pois Ele tem cuidado de nós (1 Pe 5:7).
RESUMO DA LIÇÃO
A vida de Saul foi marcada pelo ciúme, levando-o a uma implacável perseguição contra Davi que, por sua vez, foi um homem com princípios e íntegro.
Comentário: Este resumo sintetiza o contraste central da lição: o ciúme destrutivo de Saul versus a integridade inabalável de Davi. O ciúme de Saul é uma manifestação da sua incredulidade e da sua busca por autoafirmação, enquanto a integridade de Davi reflete a sua confiança em Deus e a sua disposição em submeter-se à vontade divina. Dessa forma, este resumo nos desafia a examinar as nossas próprias motivações e a buscar a integridade em todas as áreas de nossa vida. As Escrituras, ademais, nos advertem sobre os perigos do ciúme (cf. Pv 14:30), e a importância da integridade, que nos preserva e nos guia (cf. Sl 25:21).
OBJETIVOS
EVIDENCIAR o ciúme de Saul:
MOSTRAR que Saul foi escolhido pelo Senhor,
DIMENSIONAR a integridade de Davi frente ao ciúme de Saul
TEXTO BÍBLICO
1 Samuel 18.7-16
7 E as mulheres, tangendo, respondiam umas às outras e diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares
8 Então, Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares, na verdade. que lhe falta, senão só o reino?
9 E. desde aquele dia em diante. Saul tinha Davi em suspeita.
>10 E aconteceu, ao outro dia, que o mau espírito, da parte de Deus, se apoderou de Saul, e profetizava no meio da casa. e Davi tangia a harpa com a sua mão. como de dia em dia: Saul, porém, tinha na mão uma lança.
11 E Saul atirou com a lança, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes
12 E temia Saul a Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul
13 Pelo que Saul o desviou de si e o pôs por chefe de mil: e saia e entrava diante do povo
14 E Davi se conduzia com prudência em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele.
15 Vendo, então, Saul que tão prudentemente conduzia, tinha receio dele.
16 Porém todo o Israel e Judá amavam Davi, porquanto saía e entrava diante deles
INTRODUÇÃO
A partir da derrota de Golias, a vida de Davi passou a ser ameaçada constantemente por Saul. Em crises crescentes de ciúmes e revolta, o rei constantemente conspirava para matar o ungido do Senhor. Nesta lição analisaremos os ciúmes e suas características, desenvolvendo uma análise sobre o que houve nos dias de Davi.
Comentário: A introdução estabelece o cenário da lição, focando na escalada do ciúme de Saul e na perseguição implacável contra Davi. O ciúme, essa paixão corrosiva, obscurece a razão e distorce a percepção, levando a atitudes extremas e destrutivas, como vemos na obsessão de Saul em eliminar Davi. Desse modo, esta introdução nos convida a refletir sobre as consequências devastadoras do ciúme, tanto para quem o sente quanto para quem é alvo dele. Em contrapartida, somos chamados a reconhecer e aceitar a vontade de Deus, que muitas vezes se manifesta de forma contrária aos nossos desejos e expectativas. A esse respeito, Jesus nos ensina a negar a nós mesmos, tomar a nossa cruz e segui-Lo (Mt 16:24).
I – O CIÚME DE SAUL
1 – Um rei ciumento. O ciúme é um sentimento danoso que traz tristeza, frustração e prejudica a capacidade de refletir com clareza (Tg 3.16; Pv 14.30; Pv 27.4). O dia da vitória de Davi sobre Golias foi celebrado por todos, porém despertou no rei uma diferente percepção e uma crescente indisposição para com o jovem. A derrota dos filisteus evidenciou o fato de Deus estar com Davi, e não mais com o rei (1 Sm 18.10-12). Em reconhecimento a tal feito, o jovem foi elevado à posição de liderança no exército de Israel e passou a ser admirado e respeitado por muitos. Os cânticos que ecoavam o feito de Davi (1 Sm 18.6-8) traziam inveja e provocava um crescente ciúme em Saul: gradativamente o rei ficou descontrolado e movido por um desejo de destruir o suposto “adversário”. Como é triste quando um líder como Saul, é tomado por ciúmes e inveja de seus liderados. Todas as suas percepções são turvadas pela amargura e o medo de ser ofuscado. Não há satisfação nas conquistas, pois Saul é sempre assombrado pelos temores de sua própria mente doentia. E o seu principal objetivo é desqualificar os demais, esquecendo-se assim do que deveria ser prioridade.
Comentário: Este segmento expõe a natureza destrutiva do ciúme de Saul e seus efeitos corrosivos em seu caráter e liderança. O ciúme de Saul é uma manifestação do seu orgulho e da sua falta de confiança em Deus. Desse modo, o ciúme de Saul o cegou para a realidade de que Deus estava abençoando Davi e o levando a agir de forma irracional e impulsiva. Em vista disso, esta passagem nos adverte sobre os perigos do ciúme e a importância de cultivar a humildade e a confiança em Deus em todas as áreas de nossa vida, e Provérbios nos ensina: “O coração em paz é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos” (Pv 14:30).
2 – Prossigo para o alvo. O ciúme pode ser superado mediante o direcionamento divino em nossas vidas. No entanto, devemos buscar em Deus sempre uma postura baseada no amor (1 Co 13.4-8) e no desejo que o nosso próximo seja abençoado. Se negligenciarmos o problema do ciúme, permitiremos uma série de dificuldades como a abertura a outros pecados, a ira violenta, o rancor e a falta de sensibilidade para as questões espirituais (Tg 3.14-17). Como consequência, famílias sofrem, amizades são destruídas, vínculos são quebrados e projetos são desfeitos. O ciúme ofusca nossa visão e nos impede de alcançar nosso alvo maior.
Comentário: Este trecho oferece um caminho para superar o ciúme, enfatizando a importância do direcionamento divino e do amor ao próximo. A superação do ciúme requer uma transformação interior, na qual o amor e a humildade substituem o orgulho e a inveja. Assim, o amor é a chave para vencer o ciúme e para construir relacionamentos saudáveis e edificantes. Dessa forma, esta passagem nos desafia a buscar a direção de Deus em todas as áreas de nossa vida e a cultivar o amor em nossos corações , assim como Paulo nos exorta: “Suportai-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4:2-3), e Paulo nos exorta: “Suportai-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4:2-3).
SUBSÍDIO 1
(Adaptado de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro CPAD. p. 395)
II – UM HOMEM COM PRINCÍPIOS
1 – Saul, o escolhido de Deus. Muitos, equivocadamente, acreditam que Saul não foi escolhido por Deus e nem buscava obedecer ao Senhor. A verdade é bem diferente. O texto sagrado nos informa que Saul foi escolhido por Deus (1 Sm 9.16), ungido por Samuel (1 Sm 10.1) e foi cheio do Espírito de Deus chegando a profetizar (1 Sm 10.11). Tanto Davi quanto Saul foram ungidos pelo mesmo profeta e escolhidos por Deus. No entanto, um manteve-se fiel (e ao cair, buscou levantar-se), já o outro, não. Ser escolhido por Deus é uma grande honra. Mas esse fato não garante o êxito ao longo da caminhada. Precisamos caminhar de acordo com a vontade do Senhor. Jovem, não basta ser filho de crentes piedosos, ou membro de uma igreja avivada; é preciso transbordar no amor que vem de Deus e buscar a real presença do Espírito Santo em sua vida. No início do reinado, Saul fez o que era correto aos olhos do Senhor. Sempre buscava caminhar na direção de Deus e agia conforme a vontade divina, porém, próximo ao final de um reinado chegou até a consultar uma feiticeira e negligenciar as orientações divinas literalmente no fundo do poço.
Comentário: Este segmento ressalta a importância de reconhecer que Saul foi escolhido por Deus, mas que a escolha divina não garante a fidelidade contínua. A salvação é um dom de Deus, mas a perseverança na fé requer esforço e vigilância constantes. Saul recebeu o favor de Deus, mas escolheu afastar-se da vontade divina e seguir seus próprios caminhos. Em vista disso, esta passagem nos adverte sobre a necessidade de cultivar um relacionamento íntimo com Deus e de buscar a sua direção em todas as áreas de nossa vida, e Jesus nos adverte: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7:21).
2 – Um reinado de grandes feitos. Saul foi conduzido por Deus e, nos primeiros anos de seu reinado, foi responsável por trazer muitas vitórias para Israel (1 Sm 11) e um forte combate à idolatria e feitiçaria (1 Sm 28.9). Nesse primeiro período as campanhas militares proporcionaram a integração de uma grande área, os vínculos entre as tribos foram fortalecidos e o povo alegrou-se com a presença de um rei. Porém, não basta ser escolhido, é preciso ser conduzido pelo Senhor. E nesse quesito, o rei foi reprovado. Saul, que começou bem seu reinado, foi afastando-se de Deus usurpando posições que não eram suas: desobedeceu ordens claras divinas (1 Sm 15.1-35), ofereceu sacrifícios de forma ilegítima (1 Sm 13.8-15), fez votos insensatos trazendo sofrimento aos seus (1 Sm 14.24-30) e quase matou o seu próprio filho (1 Sm 14.43-45), construiu uma coluna para sua própria glória (1 Sm 15.12), se envolveu com feitiçaria (1 Sm 28.7-8), perseguiu pessoas escolhidas por Deus e, finalmente, desviou-se por completo do bom caminho.
Comentário: Este trecho destaca os feitos de Saul nos primeiros anos de seu reinado, mas enfatiza sua posterior desobediência e afastamento de Deus. A desobediência de Saul demonstra a fragilidade da natureza humana e a necessidade da graça divina. Sendo assim, Saul escolheu seguir seus próprios desejos e ambições, em vez de obedecer à vontade de Deus. Assim, esta passagem nos adverte sobre os perigos da desobediência e a importância de manter um coração humilde e submisso a Deus, assim como Samuel repreendeu a Saul: “Porventura, tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, mais do que a gordura de carneiros” (1 Sm 15:22).
3 – Davi, um homem de princípios. Ungido rei entre os seus irmãos mais velhos e aparentemente aptos aos olhos humanos, célebre pela batalha contra Golias, respeitado e admirado por multidões, perseguido por um rei implacável por longos anos e convicto de que um dia seria rei: um quadro que levaria muitos à impaciência e ao desejo de acelerar o tempo. Mas com Davi era diferente: paciente, temente e fiel ao Senhor, humilde, dedicado em aprender, zeloso em seus compromissos na corte, fiel ao rei e ao reino. Esse era o perfil de Davi, um homem que jamais tentou usurpar o trono de Saul e sempre se manteve firme em seus princípios agindo com muita inteligência emocional: um fator determinante em um tempo de tamanhas adversidades.
Comentário: Este segmento descreve o caráter íntegro de Davi e sua confiança em Deus em meio à perseguição. A integridade de Davi é uma manifestação da sua fé e da sua obediência à vontade divina. Davi demonstrou paciência, humildade e fidelidade em todas as áreas de sua vida, mesmo quando enfrentava grandes dificuldades. Em vista disso, esta passagem nos inspira a cultivar a integridade e a confiar em Deus em todas as circunstâncias e Davi declarou: “Esperei confiantemente no Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor” (Sl 40:1).
III – INTEGRIDADE À PROVA DE CIÚMES
1 – A lógica humana. Ao olharmos a história de Davi, percebemos por diversas vezes a lógica humana nitidamente longe dos padrões divinos. A lógica humana defende autopromoção, a prevalência da força humana e da imagem vigorosa, da maioria numérica, do direito aos prazeres, à vingança, às riquezas, aos privilégios e ao domínio sobre o próximo, e muito mais. Fujamos dessa lógica e nos deixemos ser guiados pelo Senhor (Jo 17.16).
Comentário: Este trecho contrasta a lógica humana com os padrões divinos, destacando a importância de seguir a direção de Deus em vez de buscar a autopromoção e o poder. A lógica humana é frequentemente egoísta e contrária aos princípios do Reino de Deus. Jesus nos chama a viver de forma diferente do mundo, seguindo os seus ensinamentos e buscando a sua vontade. Em face disso, esta passagem nos adverte sobre os perigos de seguir a lógica humana e nos convida a buscar a direção de Deus em todas as áreas de nossa vida, tal qual Paulo nos exorta: “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2).
2 – O homem dirigido por Deus. Quando estamos sob a direção divina escolhemos a sobriedade (Mt 23.12), a mansidão (Mt 5.5), a confiança no Senhor (Sl 91.7; Jz 7.4-7), a consolação (Mt 5.4), a satisfação em Deus (Sl 23.1), o amor e a intercessão (Mt 5.44), por exemplo. Vivemos na contramão da triste realidade encontrada em nossos dias (1 Co 2.16). Se a lógica mundana nos pede uma reação, Cristo nos mostra outro caminho. A forma como vivemos não faz sentido para os que são do mundo (1 Co 1.27), mas reflete uma luz que, a seu tempo, pode promover uma verdadeira transformação para os que ainda não creem (Mt 5:14). Quando dirigidos por Deus, somos levados a um padrão elevado tendo em Jesus a nossa referência maior. Dessa forma, onde estivermos, ali as pessoas sentirão algo diferente e, por meio da vida dos cristãos, são alcançadas por uma bênção especial.
Comentário: Este segmento descreve as características de um homem dirigido por Deus, enfatizando a importância da sobriedade, da mansidão, da confiança e do amor. A análise teológica revela que essas qualidades são frutos do Espírito Santo e que elas nos capacitam a viver de forma que agrade a Deus e impacte o mundo ao nosso redor. Jesus é o nosso exemplo máximo de um homem dirigido por Deus e que ele nos chama a seguir os seus passos. Desse modo, esta passagem nos inspira a buscar a direção de Deus em todas as áreas de nossa vida e a cultivar as qualidades de um homem dirigido por Deus, e Paulo declara: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e o viver que agora tenho na carne vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20).
CONCLUSÃO
Ao longo desta lição, pudemos refletir acerca de dois homens com perfis bastante distintos. Saul nos mostrou a lógica do mundo, a inclinação a fazer o mal e a esquecer-se do Senhor. Davi nos mostrou um coração com princípios, íntegro e desejoso de caminhar na direção divina. Diante dessas duas histórias de vida, somos chamados a uma escolha: sigamos o bom exemplo!
Comentário: A conclusão resume a mensagem central da lição, enfatizando a importância de escolher seguir o exemplo de Davi, um homem com princípios e desejoso de caminhar na direção divina. A análise teológica revela que a escolha entre Saul e Davi representa a escolha entre o caminho da desobediência e o caminho da obediência. Dessa forma, esta passagem nos desafia a examinar as nossas próprias escolhas e a buscar a vontade de Deus em todas as áreas de nossa vida, assim como Josué exortou o povo: “Escolhei hoje a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15).
HORA DA REVISÃO
1- Como era o ciúme de Saul?
Era um ciúme do mal danoso, que traz tristeza, frustração e prejudica a capacidade de refletir com clareza.
2- Como o ciúme pode ser superado?
O ciúme pode ser superado mediante o direcionamento divino em nossas vidas.
3- Quais semelhanças podemos apontar entre Saul e Davi?
Ambos foram escolhidos por Deus. ungidos por Samuel e cheios do Espírito.
4- Em quais critérios Davi se destacava?
Era paciente, temente e fiel ao Senhor, humilde, dedicado em aprender, zeloso em seus compromissos na corte fiel ao rei e ao reino, possuía inteligência emocional e era íntegro.
5- Aponte algumas de nossas características ao sermos guiados por Deus.
Sobriedade: mansidão, confiança no Senhor, consolação, satisfação em Deus, amor e intercessão entre outras.
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