Lição 3: Paulo e sua chamada

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
JOVENS
3º Trimestre de 2025

Título: A Liberdade em Cristo — Vivendo o verdadeiro Evangelho conforme a Carta de Paulo aos Gálatas

Autor: Alexandre Coelho

Lição 3: Paulo e sua chamada

Data: 20 de julho de 2025

TEXTO PRINCIPAL

“E glorificavam a Deus a respeito de mim.” (Gl 1.24).


Comentário Palavra Forte de Deus: Este versículo é muito mais do que uma simples frase de efeito. Ele mostra o resultado prático de uma vida transformada pelo poder de Deus. A glorificação não era para Paulo, mas para Deus, por causa do que Ele havia feito na vida de Paulo. Imagine só: as mesmas igrejas que antes temiam Saulo, o perseguidor, agora glorificavam a Deus por causa de Paulo, o apóstolo!

Ao analisar esse versículo, percebemos que a transformação de Paulo não foi apenas uma mudança interior, mas algo que impactou toda a comunidade ao redor dele. Dessa forma, a vida dele se tornou um testemunho vivo do poder do Evangelho. Isso nos desafia a refletir: a nossa vida tem levado outros a glorificar a Deus? O que as pessoas veem em nós que as faz reconhecer a ação de Deus? Que a nossa vida seja um motivo de louvor a Deus, assim como foi a vida de Paulo!

RESUMO DA LIÇÃO

Paulo conta um pouco da sua história para defender seu ministério e mostrar que a mensagem que pregava não era estranha aos apóstolos de Jerusalém.


Comentário Palavra Forte de Deus: Quando Paulo compartilha sua trajetória, ele faz mais do que se defender. Ele quer mostrar como a graça de Deus o transformou completamente. Ao falar do seu passado de perseguição à Igreja, Paulo ressalta que o poder de Deus alcança até mesmo aqueles que parecem mais distantes.

Além disso, ele faz questão de afirmar que a mensagem que ele prega está em perfeita harmonia com o ensinamento dos outros apóstolos. Com isso, Paulo busca fortalecer a fé dos gálatas e livrá-los de enganos. A história de Paulo, portanto, não é apenas sobre ele; é uma mensagem sobre a graça transformadora de Deus e a importância de permanecermos firmes na verdade do Evangelho.

OBJETIVOS

REFLETIR a respeito do Evangelho que Paulo pregava;

COMPREENDER que Paulo foi escolhido por Deus, mesmo com o seu currículo questionável e antes de conhecer Jesus;

APRESENTAR a diferença de uma vida transformada.

INTERAÇÃO

Prezado(a) professor(a), nesta lição, estudaremos uma parte da vida de Paulo, em que ele precisou mostrar a origem do seu apostolado e da sua mensagem aos gálatas. Veremos que não somente o ministério de Paulo estava em jogo, mas igualmente a mensagem que ele havia ensinado àquelas igrejas.

Paulo não se esqueceu das atrocidades cometidas por ele, antes de seu encontro com Jesus, contra a Igreja de Deus, mas veremos que ele mostrava que a graça do Senhor o salvou, e que o seu apostolado era um sinal do poder transformador, não da Lei, mas do Evangelho.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), escreva no quadro a seguinte palavra: “apóstolo” Em seguida pergunte aos alunos o que significa ser um apóstolo no Novo Testamento. Ouça os alunos com atenção. Depois, explique que apóstolo é alguém ‘enviado’ com uma comissão direta de Cristo para transmitir a sua mensagem original e liderar os esforços para estabelecer a sua igreja no Novo Testamento.

Diga que nesta lição, “Paulo estava se referindo ao seu ministério como um apóstolo. Mas há também um sentido em que cada seguidor de Cristo é separado por Deus para que, por seu intermédio, Ele possa realizar o seu propósito de transmitir a mensagem e refletir o caráter do seu Filho, Jesus Cristo. Como cristãos, fomos salvos e separados do pecado e do mal para que possamos vivenciar um relacionamento íntimo e pessoal com Deus e transmitir eficazmente aos outros a mensagem de esperança e vida por intermédio de Cristo.

Ser separado quer dizer estar reservado para Deus e para os seus propósitos. Desta maneira, esta bênção envolve estar com Deus, e viver por Deus e para Deus. A separação espiritual significa viver com fé e obediência para a honra de Deus e com o propósito de revelar o seu Filho ao mundo.” (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.1625).

TEXTO BÍBLICO
Gálatas 1.11-24.

11 — Mas eu vos faço saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. 12 — porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo. 13 — Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava. 14 — E, na minha nação, excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais. 15 — Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça. 16 — revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei carne nem sangue, 17 — nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco. 18 — Depois, passados ​​três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias. 19 — E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. 20 — Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto. 21 — Depois, fui para as partes da Síria e da Cilícia. 22 — E não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo; 23 — mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia, agora, a fé que, antes, destruía. 24 — E glorificavam a Deus a respeito de mim.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO

Paulo dá continuidade à Carta aos Gálatas, mas nesta seção, ele conta um pouco a sua história. E por qual motivo ele faria isso? O seu ministério e sua mensagem estavam sendo atacados por ele não ter sido um dos apóstolos de Jerusalém. A tática dos judaizantes era desqualificar Paulo como apóstolo, para depois desqualificar a sua mensagem.

E de que forma tentaram fazer isso? Os inimigos de Paulo provavelmente conheciam o seu passado, e tentaram colocar isso em foco para descredibilizar o apóstolo. Por isso, ele entendeu ser necessário, ainda no início de sua Carta, apresentar uma parte da sua biografia, não para se exaltar, mas para mostrar o que a graça de Deus pode fazer por um pecador.


Comentário Palavra Forte de Deus: A estratégia dos oponentes de Paulo revela que, muitas vezes, a forma mais eficaz de atacar uma mensagem é desmerecer o mensageiro. Ao questionarem a legitimidade do apostolado de Paulo, os “judaizantes” queriam, na verdade, enfraquecer a autoridade do Evangelho da graça que ele anunciava.

Isso nos alerta para a importância de estarmos atentos aos métodos que são usados para manipular a opinião e para desviar as pessoas da verdade. O caso de Paulo nos ensina a importância de conhecer a fundo a Palavra de Deus e de desenvolvermos um discernimento apurado para não sermos enganados por falsos ensinamentos, e reconhecermos quando alguém está sendo injustamente atacado.

II. O EVANGELHO DE PAULO

1. Paulo faz sua defesa. A história de vida de uma pessoa tem importância. De onde ela veio, o que aconteceu na sua vida, que adversidades enfrentou e que tipo de acontecimentos moldaram o que a pessoa é hoje podem nos servir de exemplo. Paulo se preocupa em estabelecer as suas credenciais narrando um pouco a sua história, mas por um motivo nobre: falsos mestres que tinham ido à Galácia tentavam desqualificar o seu ministério.

É comum, em nossos dias, que um indivíduo chegue a uma determinada posição na sociedade e que terceiros, desconhecedores de sua história, o avaliem como alguém que teve sorte, que teve ajuda, que no fundo não merece a posição que ocupa ou que a sua história não corresponde à função em que está. Por isso, devemos ser cautelosos em nossas opiniões, e pensar bastante antes de falar coisas, desconhecendo fatos.

Paulo não conta a sua história para impressionar os gálatas. Ele não faz com o objetivo de comover os seus leitores, e sim para mostrar que ele tinha autoridade para pregar e defender o Evangelho aos gentios. Histórias e testemunhos sempre nos fazem lembrar de que as nossas lutas podem ser muito parecidas com as de outros irmãos, e no caso de Paulo, é possível que os gálatas não tivessem, quando foram evangelizados, conhecido com detalhes o seu passado como perseguidor.

A expressão “já ouvistes” é um indicativo de que Paulo falou um pouco de sua história provavelmente enquanto os evangelizava, mas o que ele vai descrever a seguir reforça a sua autoridade apostólica, visto que recebeu o Evangelho do Senhor Jesus, e não de homem algum. Ele não fora comissionado pela igreja de Jerusalém, mas pelo próprio Cristo.


Comentário Palavra Forte de Deus: Paulo, ao apresentar sua defesa, nos ensina que a autoridade no ministério não vem de diplomas ou títulos, mas de um encontro genuíno com Jesus e de uma vida transformada pelo Evangelho. Ele não se apoia em suas qualificações intelectuais ou em sua posição social, mas no chamado direto que recebeu de Cristo. A história de Paulo nos desafia a buscar a aprovação de Deus em vez da aprovação dos homens, e a confiarmos na graça divina para cumprirmos o nosso chamado, mesmo diante da oposição.

 2. Ele não pregou o Evangelho dos apóstolos de Jerusalém. Que tipo de Evangelho Paulo estava ensinando e pregando? O Evangelho é um só, mas judeus e gentios tinham culturas distintas, e foi necessário mostrar que da mesma forma que o Evangelho dos irmãos de Jerusalém tinha como fonte o Senhor Jesus, o dos gentios também tinha o Senhor Jesus como fonte. A mensagem de Paulo não era diferente do Evangelho dos apóstolos em Jerusalém, a base e origem da Igreja. A salvação continuava sendo pela fé em Jesus, pois o Evangelho é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu, e do grego” (Rm 1.16). Grupos culturais diferentes, mas o mesmo Evangelho da salvação.

É possível que, em nossos dias, haja pessoas que aleguem ter recebido uma nova mensagem da parte do próprio Senhor Jesus. Entendemos que Deus pode nos trazer revelações específicas por meio de dons do Espírito, mas nunca essas interações serão contrárias ao que está escrito na Palavra de Deus.


Comentário Palavra Forte de Deus: Paulo, ao defender a unidade essencial do Evangelho, demonstra que a mensagem de salvação em Cristo transcende as barreiras culturais e étnicas. Ele reconhece as particularidades de cada contexto, mas enfatiza que a fonte e o conteúdo da mensagem permanecem os mesmos: Jesus Cristo, o único caminho para Deus.

Essa postura nos adverte contra a tentação de adaptar o Evangelho para agradar a determinados grupos ou para diluir a sua verdade em nome de uma falsa tolerância. Ao mesmo tempo, nos encoraja a sermos criativos e relevantes na comunicação da mensagem, buscando formas de torná-la compreensível e acessível a pessoas de diferentes culturas e origem. O desafio é manter a fidelidade à essência do Evangelho, sem abrir mão da sua clareza e do seu poder transformador.

3. O Evangelho que Paulo pregava havia sido aprovado pelos apóstolos em Jerusalém. A mensagem de Paulo, como já dissemos, era a mesma dos apóstolos, mas o público era diferente. E os apóstolos de Jerusalém reconheceram o ministério de Paulo e a mensagem que ele pregava, o apóstolo comenta que “deram-nos às destras, em comunhão, comigo e com Barnabé, para que fôssemos aos gentios, e eles, à circuncisão” (Gl 2.9).


Comentário Palavra Forte de Deus: O reconhecimento mútuo entre Paulo e os apóstolos de Jerusalém demonstra a importância da unidade e da comunhão no Corpo de Cristo. Apesar das diferenças de estilo, de público e de chamado, eles compartilhavam a mesma fé e o mesmo compromisso com o Evangelho. Ao darem as destras em sinal de comunhão, eles confirmaram que estavam unidos no mesmo propósito: levar a mensagem de salvação a todas as nações.

Contudo, essa atitude nos desafia a superar as divisões e os preconceitos que, muitas vezes, nos separam uns dos outros, e a buscarmos a unidade em torno da verdade do Evangelho. A comunhão entre os líderes da Igreja primitiva serve como um exemplo para nós, mostrando que a força do testemunho cristão reside na nossa capacidade de amarmos uns aos outros e de trabalharmos juntos para a glória de Deus.

SUBSÍDIO I

Professor(a) dê início ao tópico fazendo a seguinte pergunta: “Por que Paulo conta sua história de vida para os gálatas?”. Incentive a participação dos alunos e depois explique que “Paulo não conta a sua história para impressionar os gálatas. Ele não o faz com o objetivo de comover os seus leitores, e sim para mostrar que ele tinha autoridade para pregar e defender o Evangelho aos gentios.

As circunstâncias ruins que você teve que enfrentar não ditaram como Paulo escolheu vê-las. Seu serviço a Cristo lhe trouxe tristeza, privação, e pobreza, mas em meio a todas estas circunstâncias, nunca perdeu de vista a perspectiva divina.

Este conhecimento permitiu que se regozijasse nas tristezas, percebendo que através de sua pobreza trouxe a riqueza do céu para as almas empobrecidas. Embora o mundo o visse como não possuindo nada, Paulo sabia que possuía ‘todas as bênçãos espirituais’ em Cristo (Ef 1.3)”. (Adaptado de Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.1098,1099).

II. RELEMBRANDO O PASSADO

1. Escolhido por Deus. Paulo fora escolhido, mesmo com o seu currículo questionável antes de conhecer Jesus. O que ele fazia como perseguidor da Igreja é relatado por ele mesmo quando discursa ao rei Agripa: “[…] E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles” (At 26.10).

Paulo se voltara contra os seguidores de Jesus, e com autorização dos líderes judeus, prendeu muitos crentes, e deu seu voto favorável até para a execução de alguns deles. Ele ainda acrescenta: “E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui” (At 26.11).

Como se fosse pouco o que havia feito, ele se recorda de que utilizou as sinagogas como ambiente de castigo aos seguidores de Jesus, e fez com que crentes chegassem a blasfemar do nome do Salvador. Ele não limitou sua perseguição a Jerusalém, e relata que perseguiu cristãos até em cidades que não faziam parte dos limites de Israel. É possível ser uma pessoa cumpridora de seus deveres, religiosa e, mesmo assim, detestar Jesus e sua Igreja.


Comentário Palavra Forte de Deus: A história de Paulo nos confronta com a realidade de que o chamado de Deus nem sempre segue a lógica humana. Assim, alguém que, aparentemente, seria o último a ser escolhido, é separado por Deus para uma missão grandiosa. Além disso, isso nos ensina que Deus não se limita ao nosso “currículo” ou às nossas qualificações, mas ele age de acordo com o seu propósito e a sua graça. Dessa forma, a escolha de Paulo é um lembrete de que todos nós, independentemente do nosso passado, podemos ser instrumentos nas mãos de Deus.

2. Dias em Jerusalém. Paulo menciona que ficou 15 dias em Jerusalém, e nesses dias, esteve com Pedro e Tiago. Não nos é dito muito acerca desse tempo, mas a menção dos nomes de Pedro e Tiago é importante, por serem colunas da Igreja (Gl 2.9). Os que se opuseram a Paulo poderiam até ignorá-lo ou desacreditá-lo. Mas em vez disso, não somente o receberam como também reconheceram que os gentios poderiam ser alcançados pela sua pregação. Era uma forma clara de dizer que ele não estava pregando sem o conhecimento da igreja de Jerusalém.


Comentário Palavra Forte de Deus: Ao destacar seu encontro com Pedro e Tiago, Paulo demonstra que não estava agindo de forma independente ou isolada. Ele reconhece a importância da comunhão e da unidade entre os líderes da Igreja. Mesmo com um chamado específico para os gentios, ele buscou o diálogo e a confirmação dos apóstolos em Jerusalém.

Portanto, essa atitude nos ensina que a humildade e a disposição para aprender com os outros são fundamentais para um ministério frutífero. Desse modo, o trabalho em equipe e o reconhecimento da autoridade dos líderes estabelecidos são importantes para evitar o individualismo e para garantir que a mensagem do Evangelho seja transmitida de forma fiel e coerente.

3. Pedro e Tiago. Como vimos, Paulo faz menção de Pedro e Tiago, homens de Deus que lideravam a igreja em Jerusalém. Essa menção fez com que os gálatas fossem informados de que o apóstolo conhecia os ministros de Jerusalém, e que os respeitava. Ele não se considerava superior a eles e pode não ter sido ordenado apóstolo por eles, mas nunca os desprezou, pois na época em que eles começaram o ministério apostólico, Paulo nem mesmo era convertido, razão pela qual jamais poderia ser apóstolo no lugar de Judas. Deus havia reservado uma outra perspectiva ministerial para Saulo.


Comentário Palavra Forte de Deus: A atitude de Paulo em relação a Pedro e Tiago é um exemplo de humildade e reconhecimento da autoridade alheia. Mesmo sendo um apóstolo chamado diretamente por Cristo, ele não se coloca acima dos líderes da igreja em Jerusalém. Assim, ele reconhece o papel fundamental que eles desempenharam na propagação do Evangelho e demonstra respeito pela sua experiência e sabedoria.

Assim sendo, essa postura nos ensina que a verdadeira grandeza no Reino de Deus não está em buscar posições de destaque ou em se autopromover, mas em servir aos outros com humildade e amor. Além disso, o exemplo de Paulo nos desafia a valorizar os dons e talentos de cada um, e a trabalharmos juntos para a edificação do Corpo de Cristo.

III. A DIFERENÇA DE UMA VIDA TRANSFORMADA

1. Paulo, desconhecido na Judéia. Em sua defesa, o apóstolo comenta que não era “conhecido de vista das igrejas da Judeia”. Diferente do que temos em nossos dias, onde as redes sociais costumam expor as fotos dos donos de perfis tornando-o conhecido, no primeiro século uma pessoa só seria conhecida se aparecesse presencialmente em um lugar, se fosse uma figura pública ou se já fosse conhecida anteriormente. Apesar de não ter seu rosto manifesto, Paulo sabia que a sua fama de perseguidor chegara a vários lugares, inclusive na Judeia.


Comentário Palavra Forte de Deus: Ao afirmar que não era conhecido pessoalmente nas igrejas da Judeia, Paulo destaca que a sua transformação não foi resultado de uma mudança gradual ou de uma evolução natural. Assim, a sua conversão foi um evento repentino e radical, que o transformou de inimigo em apóstolo de Cristo.

Contudo, essa informação serve para reforçar a autenticidade do seu testemunho e para mostrar que a sua mensagem não era uma invenção humana, mas uma revelação divina. Desse modo, a vida de Paulo é uma prova de que o poder de Deus pode transformar qualquer pessoa, independentemente do seu passado ou da sua reputação.

2. Uma vida transformada. Que poder é capaz de transformar a vida de uma pessoa? Por quais experiências uma pessoa pode passar e fazer com que ela adquira um novo hábito, uma nova perspectiva de vida? Existem formas, humanamente falando, com as quais uma pessoa muda, como a de conclusão de um curso superior, a maternidade, a formação militar, ou mesmo um desafio profissional.

Em nossos dias, muitas pessoas tomam tempo em nossos cultos contando, quando têm oportunidade, sobre o seu passado. Passam bastante tempo falando as coisas que cometeram, e deixam pouco espaço para falar o que Jesus fez. Se observarmos os escritos do apóstolo, ele menciona, sim, parte da sua história, mas somente quando estritamente necessário. As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam extensivamente não da sua vida pessoal e do que ele era ou fazia antes do Evangelho, mas sim do poder de Deus em sua vida e da forma como esse poder estava disponível para salvar e transformar todos os homens.

Não é difícil qualificar uma pessoa pelas coisas que ela fez ou faz. Paulo tinha sido um perseguidor até que se encontrou com Jesus. Não foram poucas as mazelas que ele cometeu contra os santos e, num primeiro momento, a sua conversão foi colocada em dúvida. Mas ele foi paciente e deixou que Deus tratasse do seu passado.


Comentário Palavra Forte de Deus: Paulo, ao contrastar a transformação que o Evangelho operou em sua vida com as mudanças que podem ocorrer por meio de experiências humanas, ele nos convida a refletir sobre a natureza e a profundidade da conversão. Assim, a mudança que vem de Cristo é radical e completa, e não se limita a uma simples alteração de comportamento ou de perspectiva.

No entanto, a vida de Paulo nos ensina que a verdadeira transformação é um processo contínuo, que envolve a renovação da mente, a mortificação do pecado e o desenvolvimento do caráter de Cristo. Nesse sentindo,  o foco do nosso testemunho deve estar no poder de Deus para transformar vidas, e não em nossos feitos ou em nossas conquistas pessoais.

CONCLUSÃO

Nesta lição, estudamos uma parte da vida de Paulo. Isso se deu porque foi necessário mostrar a origem do seu apostolado e da sua mensagem aos gálatas. Não somente o ministério de Paulo estava em jogo, mas igualmente a mensagem que ele havia ensinado àquelas igrejas. Paulo nunca se esqueceu das atrocidades cometidas por ele contra a Igreja de Deus, mas também deixou claro que a graça do Senhor o salvou, e que o seu apostolado era um sinal do poder transformador, não da Lei, mas do Evangelho.


Comentário Palavra Forte de Deus: Ao concluirmos este estudo, fica evidente que a vida de Paulo é um testemunho poderoso da graça transformadora de Deus. Assim, a história de Paulo nos mostra que a graça de Deus é maior do que qualquer pecado ou erro que possamos ter cometido, e que Ele pode nos usar para cumprir seus propósitos, mesmo que tenhamos um passado difícil.

Portanto, o apostolado de Paulo é um sinal do poder do Evangelho para libertar as pessoas do legalismo e para conduzi-las a uma vida de fé e obediência a Cristo. Desse forma, que possamos seguir o exemplo de Paulo, buscando a Deus de todo o coração e nos dedicando a proclamar a mensagem da salvação a todos os povos.

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