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LIÇÃO 11: AUTENTICIDADE DIANTE DAS RIQUEZAS | 1° TRIMESTRE DE 2025 | EBD JOVENS
TEXTO PRINCIPAL
“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.” (1 Tm 6.9)
Comentário: A passagem de 1 Timóteo 6:9 não configura uma condenação irrestrita à prosperidade; ao contrário, apresenta um solene alerta concernente aos perigos inerentes à cobiça desenfreada. A expressão “os que querem ser ricos” denota uma obsessão, uma busca incessante por riquezas materiais que, paradoxalmente, aprisiona o indivíduo em um ciclo vicioso de “tentação” e “laço”. Em verdade, tais concupiscências, descritas como “loucas e nocivas,” transcendem a mera ambição, manifestando-se como desejos desmedidos que corroem a alma e conduzem à “perdição e ruína”. Destarte, o apóstolo Paulo não proíbe a aquisição de bens, mas adverte sobre a primazia indevida conferida à riqueza, a qual, em detrimento dos valores espirituais, pode subverter a jornada do crente, desviando-o do caminho da salvação.
Pergunta Reflexiva: Considerando a enganosa natureza da cobiça, não seria prudente que examinássemos as profundezas de nossos corações, a fim de discernir se estamos priorizando a busca por riquezas em detrimento do cultivo de virtudes espirituais, que ultrapassam a brevidade dos bens materiais?
RESUMO DA LIÇÃO
Deus abomina a ganância e o uso egoísta dos bens materiais.
Comentário: O resumo da lição expressa, de maneira inequívoca, a repulsa divina pela avareza e pela utilização egoísta dos recursos materiais. Com efeito, a “ganância” transcende a simples busca por sustento, caracterizando-se como um desejo insaciável por acumulação, desprovido de generosidade ou senso de responsabilidade social. Em consequência disso, o “uso egoísta dos bens materiais” reflete uma visão distorcida da mordomia cristã, em que a riqueza, outrora concebida como instrumento de bênção e serviço, é convertida em fonte de deleite pessoal e ostentação. É imperativo, portanto, que os discípulos de Cristo cultivem uma cosmovisão equilibrada, reconhecendo que a prosperidade, quando desprovida de propósito e compaixão, é abominável aos olhos do Criador.
Pergunta Reflexiva: À luz da aversão divina pela ganância, não seríamos compelidos a reavaliar nossas prioridades e práticas, assegurando que a busca por prosperidade seja temperada pela generosidade, pela compaixão e pela consciente utilização de nossos recursos para o bem comum e a glória de Deus?
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-FEIRA – Pv 11.4 As riquezas não livram da ira divina
TERÇA-FEIRA – Pv 13.11 O trabalho é recompensado
QUARTA-FEIRA – Ec 5.10 Quem ama o dinheiro nunca está satisfeito
QUINTA-FEIRA – Lc 12.15 Guarde-se da avareza
SEXTA-FEIRA – Lc 16.13 É impossível servir a Deus e a Mamom
SÁBADO – Mt 6.21 Onde está o seu tesouro
OBJETIVOS
CONSCIENTIZAR do perigo da ganância:
EXPLICAR a responsabilidade social dos ricos;
COMPREENDER a necessidade de misericórdia e bondade.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo veremos a exortação de Tiago em relação à ganância e ao uso egoísta dos bens materiais. Ele faz uma séria advertência aos ricos, contudo não pela posse de bens materiais, mas porque estes não eram bons mordomos dos seus bens. Segundo Thiago, estes ricos exploravam os pobres e Deus abomina tal atitude (Tg 2.5.6). O Senhor deseja que utilizemos nossos recursos para ajudar os necessitados, e não somente para o nosso deleite e prazer. Que você utilize seus bens para promover o Evangelho, pois já vimos que “a fé sem obras é morta”. Tiago mostra que os ricos estavam tão absortos em seus deleites que nem se deram conta do juízo divino e da desgraça que se abateu sobre eles: “As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça” (5.2).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para mostrar como a Palavra de Deus identifica a riqueza. Enfatize que ela não é e jamais será um sinal de fé ou do favor divino. Explique que Jesus fez duras críticas àqueles que amam os bens materiais. O Mestre declarou: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas” (Lc 18.24).
AS RIQUEZAS MATERIAIS
A sua busca insaciável e avarenta é idolatria | Cl 3.5 |
Segundo Jesus é um obstáculo à salvação. | Mt 19.24 13.22 |
Transmitem um falso senso de segurança, enganam. | Lc 12.15-21 |
Exigem total fidelidade do coração. | Mt 6.21 |
Leva as pessoas a caírem em tentação. | 1Tm 6.9 |
O amor a ela é a raiz de muitos males. | 1Tm 6.10 |
TEXTO BÍBLICO
Tiago 5.1-6
1 Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteiai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir.
2 As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça.
3 O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.
4 Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos.
5 Deliciosamente, vivestes sobre a terra, e vos deleitastes, e cevastes o vosso coração, como num dia de matança.
6 Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.
INTRODUÇÃO
No texto bíblico da lição deste domingo, encontramos uma advertência a respeito dos perigos da ganância e do mau uso dos recursos materiais. Veremos o perigo da avareza, a responsabilidade social dos ricos e a necessidade de misericórdia e bondade para com os pobres.
Comentário:A introdução da lição direciona para o centro da questão, delineando a advertência concernente aos perigos intrínsecos à ganância e à má administração dos recursos materiais. Dessa forma, ao longo da explanação, serão abordados tópicos cruciais, tais como a nocividade da avareza, a inerente responsabilidade social dos abastados e a imediata necessidade de cultivar misericórdia e bondade para com os necessitados. Assim, a presente lição se propõe a fornecer uma cosmovisão bíblica equilibrada sobre a riqueza, desmistificando concepções errôneas e instigando os discípulos de Cristo a uma postura proativa e compassiva diante das disparidades sociais.
Pergunta Reflexiva: Em face da advertência sobre os perigos da ganância, não seríamos compelidos a examinar nossos próprios corações, a fim de discernir se estamos nutridos por uma sede insaciável por riquezas, ou se estamos cultivando uma perspectiva equilibrada, que nos capacite a utilizar os recursos materiais de forma justa, compassiva e em consonância com os princípios do Reino de Deus?
I- O PERIGO DA GANÂNCIA
1- ADVERTÊNCIA AOS RICOS.
No texto bíblico desta lição, vemos que Tiago faz uma exortação aos ricos. Ele exorta a respeito da insignificância das riquezas. Nascemos sem bem algum e vamos deixar esse mundo também sem eles. Por isso não devemos gastar toda a nossa energia e tempo somente acumulando tesouros nessa terra e não investindo no Reino de Deus. O dinheiro e as riquezas são bênçãos de Deus bem como testifica Salomão: “A bênção do SENHOR é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10.22). O problema é o amor ao dinheiro e quando ele toma o lugar de Deus em nossos corações. Aí sim surgem os problemas como, por exemplo, a injustiça social, a opressão, o suborno, o abuso de poder etc. O amor a Deus e ao próximo jamais pode ser substituído pelo amor ao dinheiro (1 Tm 6.10). Quando isso ocorre, o homem passa a adorar e servir aos bens materiais e não a Deus.
Comentário: O primeiro ponto da lição enfatiza a admoestação dirigida aos abastados, ressaltando a brevidade e a insignificância intrínseca à riqueza material. Tiago, ao exortar os ricos, evoca a fragilidade da condição humana, lembrando-nos de que adentramos e abandonamos este mundo desprovidos de bens. Portanto, a presente lição nos suplica a não consagrarmos nossas energias exclusivamente à acumulação de tesouros terrestres, negligenciando o investimento no Reino de Deus. De fato, em consonância com o testemunho de Salomão, a prosperidade pode ser uma dádiva divina; no entanto, o amor desmedido ao dinheiro subverte a ordem dos valores, gerando injustiças sociais, opressão e outras mazelas. É imperativo, portanto, que o amor a Deus e ao próximo prevaleça sobre a ambição desmedida, a fim de que não nos tornemos idólatras dos bens materiais, prestando culto a Mamom em detrimento do Criador.
Pergunta Reflexiva: Considerando a exortação de Tiago contra a idolatria da riqueza, não deveríamos nos dedicar a uma autoavaliação profunda, a fim de discernir se estamos permitindo que a busca por bens materiais obscureça nossa devoção a Deus e nosso amor ao próximo, tornando-nos, inadvertidamente, adoradores de Mamom?
2- CORROSÃO DOS BENS.
Os versículos 2 e 3 do capítulo que estamos estudando revelam os sentimentos dos ricos nos quais Tiago estava exortando. Ele afirma: “As vossas riquezas estão apodrecidas” (v. 2).” Elas estavam dessa maneira porque foram acumuladas sem um propósito benevolente e ocupavam o primeiro lugar no coração daquelas pessoas. Na atualidade, muitos crentes não têm posses materiais, mas são ricos para com Deus, pois vivem uma vida santa, de obediência, amor ao Senhor e ao próximo. São pobres, mas possuem um grande tesouro no coração.
Comentário: O segundo ponto da lição explora a metáfora da corrosão dos bens, presente nos versículos 2 e 3 do capítulo em análise. Tiago, ao afirmar que “as vossas riquezas estão apodrecidas”, expõe a esterilidade e a incompetência da acumulação desprovida de propósito. De fato, tais bens, destituídos de generosidade e misericórdia, tornam-se fonte de amargura e frustração. Contudo, a lição ressalta a existência de crentes desprovidos de posses materiais, mas ricos em virtudes espirituais, que vivem em santidade, obediência e amor a Deus e ao próximo. Esses indivíduos, embora humildes, detêm um tesouro inestimável em seus corações, demonstrando que a verdadeira prosperidade transcende as limitações do mundo material.
Pergunta Reflexiva: Em face da corrosão inerente à riqueza desprovida de propósito, não seríamos motivados a empregar nossos recursos de forma ativa e compassiva, investindo em ações que promovam a justiça, a misericórdia e o bem-estar do próximo, a fim de que nossos bens não se tornem um fardo corrosivo, mas sim um instrumento de bênção e transformação?
3- TESTEMUNHO CONTRA SI MESMO.
Tiago enfatiza que a ferrugem dos bens acumulados será um testemunho contra os ricos egoístas “e consumirá a sua carne como fogo.” A condenação não é pela posse de riquezas em si, mas pelo uso egoísta e opressor desses recursos. O amor às riquezas produz infelicidade. No Dia do Senhor, do seu juízo, as riquezas não poderão livrar ninguém da ira de Deus.
Comentário: O terceiro ponto da lição destaca o caráter acusatório da riqueza acumulada de forma egoísta e opressora. Em outras palavras, a “ferrugem” dos bens, símbolo de deterioração e negligência, servirá como testemunho contra os ricos avarentos, consumindo-os como fogo. Assim sendo, a condenação, nesse contexto, não recai sobre a mera posse de riquezas, mas sim sobre a utilização predatória e desumana desses recursos. Ademais, o amor desmedido ao dinheiro, em detrimento dos valores espirituais e da compaixão para com o próximo, gera infelicidade e conduz à ruína. No dia do juízo divino, a riqueza material será inútil para proteger os ímpios da ira de Deus, demonstrando a transitoriedade dos bens terrenos e a importância de investirmos em tesouros celestiais.
Pergunta Reflexiva: Diante da inutilidade da riqueza terrena no dia do juízo divino, não seríamos compelidos a reavaliar nossas prioridades, assegurando que estamos investindo em tesouros celestiais, que transcendem a efemeridade dos bens materiais e nos preparam para a eternidade com Deus?
SUBSÍDIO 1
“Por que contra o rico? (5.1-6). Em Jerusalém, eram poucas as pessoas da classe alta que se mostravam sensíveis ao Evangelho. Enquanto crescia a perseguição contra a Igreja Primitiva, muitos crentes perderam sua fonte de subsistência e passaram a ser explorados pelos poderosos. As investidas de Tiago contra os ricos são:
1) eles anseiam aumentar a riqueza com o sofrimento dos outros;
2) defraudam seus empregados;
3) vivem de maneira extravagante, e amam a boa vida; e,
4) matam os justos.
Temos condições de ser pacientes até mesmo quando provocados pela avidez dos exploradores da riqueza. Pois, sabemos que Cristo, o Juiz, está às portas (Tg 5.7-9).”
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Génesis a Apocalipse. 9. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2010, p. 875.)
II- A RESPONSABILIDADE SOCIAL DOS RICOS
1- COM OS POBRES.
Tiago expõe as ações injustas de um grupo de ricos contra as pessoas indefesas, provavelmente lavradores pobres (v. 4). No tempo em que a Carta foi escrita, as pessoas pobres que não podiam pagar suas dívidas eram lançadas na prisão ou forçadas a vender suas posses. Às vezes eram também obrigadas a entregar os filhos, ou parentes, como escravos para o pagamento de dívidas. Sem recursos para realizar o pagamento de dívidas, os pobres chegavam a morrer de fome. Era uma situação muito cruel. Assim, o texto deixa claro que os atos de injustiça não serão esquecidos. Da mesma forma que o clamor do povo hebreu no Egito chegou aos ouvidos do Senhor, o clamor dos pobres continua a chegar aos ouvidos do Justo Juiz.
Comentário: Este ponto da lição aborda a responsabilidade social dos ricos, evidenciando a exploração e a injustiça perpetradas por alguns membros da elite contra os pobres e indefesos, em particular os lavradores. No contexto histórico da carta de Tiago, a impossibilidade de quitar dívidas frequentemente resultava em encarceramento, alienação de bens e, em casos extremos, escravidão de familiares. Diante desse quadro sombrio, a lição enfatiza que tais atos de injustiça não passarão despercebidos pelo Senhor, o qual, assim como ouviu o clamor do povo hebreu no Egito, também atentará para o sofrimento dos oprimidos e desamparados.
Pergunta Reflexiva: Conscientes de que os atos de injustiça para com os pobres não passam despercebidos aos olhos de Deus, não seríamos impelidos a buscar formas concretas de combater a exploração e a opressão em nossa sociedade, a fim de promover a dignidade e o bem-estar daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade?
2- A RESPONSABILIDADE COM A SIMPLICIDADE.
Em vez de buscar uma vida simples, moderada, o versículo 5 descreve uma vida de luxo e futilidade dos ricos. Estes viviam de modo a não considerar as necessidades dos outros, eram egoístas, se preocupavam apenas com a exibição dos bens. Viviam de forma nababesca, negligenciando o sofrimento alheio. Não podemos utilizar os bens materiais, que recebemos do Senhor, de forma tola e egoísta, buscando somente os prazeres desse mundo.
Comentário: Este tópico da lição enfatiza a importância da moderação e da simplicidade no estilo de vida, em oposição à ostentação e ao luxo desmedido. O versículo 5 descreve a conduta reprovável dos ricos, que, imersos em futilidades e prazeres, negligenciavam as necessidades alheias e viviam de forma egoísta e nababesca. Sendo assim, a lição nos adverte contra a utilização irresponsável dos bens materiais, exortando-nos a não buscar apenas os prazeres efêmeros deste mundo, mas a empregar nossos recursos de forma consciente e compassiva, em benefício do próximo e para a glória de Deus.
Pergunta Reflexiva: À luz da advertência contra o luxo e a futilidade, não seríamos estimulados a cultivar um estilo de vida caracterizado pela moderação e pela simplicidade, a fim de que nossos recursos possam ser empregados de forma mais eficaz no serviço a Deus e no auxílio aos necessitados?
3- A RESPONSABILIDADE COM OS INDEFESOS.
Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “acumular dinheiro às escondidas, explorar empregados e viver regaladamente são atitudes que não escaparão do olhar de Deus.” Essas pessoas a quem Tiago se refere, os pobres, eram pessoas indefesas, o que hoje chamamos de pessoas em condição de vulnerabilidade social. Deus é justo e nos ensina em sua Palavra o cuidado que devemos ter com os pobres, órfãos e viúvas (Dt 10.17.18; 27.19; Is 1.23: 1 Tm 5.3-7). Os ricos, a quem Tiago se refere, levavam os pobres aos tribunais devido às dívidas (Tg 2.6) e, ao que tudo indica, deixavam de lhes pagar o salário privando-os do sustento. Eles, indiretamente, estavam levando pessoas à morte e à escravidão.
Comentário: Este ponto da lição ressalta a responsabilidade dos ricos em relação aos indefesos e vulneráveis, sublinhando que atitudes como a acumulação secreta de riquezas, a exploração de empregados e a busca por uma vida luxuosa não passam despercebidas aos olhos de Deus. Desse modo, a lição enfatiza que a Palavra de Deus nos ensina a cuidar dos pobres, órfãos e viúvas, e denuncia as práticas injustas dos ricos a quem Tiago se refere, que levavam os pobres aos tribunais por dívidas e os privavam de seu sustento, conduzindo-os indiretamente à morte e à escravidão. Em vista disso, a lição nos exorta a uma postura de compaixão e justiça para com os menos afortunados, em consonância com os princípios bíblicos.
SUBSÍDIO 2
“A Bíblia Sagrada traz muitas advertências para que não depositemos a nossa confiança nas riquezas materiais” (Sl 49.6.7). Também não podemos colocar o nosso coração nas riquezas, Tiago deixou registradas fortes palavras de advertência aos ricos (Tg 5.1), que também servem, sem dúvida, para os ricos de todas as épocas. Estes, a quem Tiago se referiu, não foram julgados por serem ricos, mas porque haviam feito um mau uso de suas riquezas. Os cristãos também podem fazer um mau uso da riqueza que possuem, seja ela pequena ou grande. Eles também podem, sem dúvida, como vários crentes nos dias de Tiago, invejar aqueles que possuem riquezas. A inveja é um pecado tão grande quanto o mau uso da riqueza. É também muito importante que os meios utilizados para se alcançar a riqueza sejam adequados. Evidentemente, aqueles a quem Tiago se dirige em 5.1 haviam enriquecido às custas da exploração dos trabalhadores.” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro. CPAD, 2009, p. 1680.)
III- A NECESSIDADE DE MISERICÓRDIA E BONDADE
1- USO SÁBIO DOS RECURSOS.
Tiago ensina que os recursos devem ser usados com sabedoria para o bem comum e para a glória de Deus. Ele adverte contra o acúmulo de riquezas sem propósito e incentiva o bem-estar dos membros da igreja. Precisamos aprender a usar os nossos recursos positivamente, servindo a Igreja do Senhor e dando um bom testemunho aos que estão de fora. Jesus ensinou que onde está nosso tesouro, ali estará também nosso coração (Mt 6.21). Este princípio sugere que nossas prioridades e paixões são refletidas na maneira como usamos nossos bens. Investir em ações que promovam a justiça e a misericórdia não só beneficia os necessitados, mas também alinha nossos corações com os valores do Reino de Deus. A sabedoria na gestão dos recursos implica discernimento para identificar oportunidades onde nossas contribuições podem causar maior impacto, promovendo equidade e sustentando aqueles em necessidade.
Comentário: Este ponto da lição destaca a importância do uso sábio e consciente dos recursos materiais, enfatizando que estes devem ser empregados para o bem comum e para a glória de Deus. Tiago adverte contra a acumulação desprovida de propósito e incentiva o bem-estar dos membros da comunidade da fé. Dessa maneira, a lição nos exorta a utilizar nossos recursos de forma positiva, servindo à Igreja e testemunhando do amor de Cristo. Afinal, em consonância com o ensinamento de Jesus, a lição ressalta que nossas prioridades e paixões se revelam na maneira como utilizamos nossos bens, e que investir em ações que promovam a justiça e a misericórdia não apenas beneficia os necessitados, mas também alinha nossos corações com os valores do Reino de Deus.
Pergunta Reflexiva: À luz da exortação ao uso sábio dos recursos, não seríamos compelidos a examinar nossas próprias práticas de gestão financeira, a fim de assegurar que estamos empregando nossos bens de forma consciente e intencional, buscando promover o bem-estar do próximo, servir à Igreja e glorificar a Deus em todas as áreas de nossa vida?
2- AJUDANDO OS NECESSITADOS.
A autêntica fé cristã também se manifesta na ajuda aos necessitados (Tg 1.27). A verdadeira religião deve ser demonstrada em ações que expressem a bondade de Deus. A ajuda aos necessitados é uma expressão concreta do amor cristão e um reflexo da compaixão divina. Quando direcionamos nossos recursos para aliviar o sofrimento dos menos favorecidos, estamos cumprindo um mandato bíblico e demonstrando uma fé viva e ativa. Os recursos podem ser usados de diferentes maneiras, como por exemplo: doar alimentos, oferecer abrigo e suporte financeiro, e envolver-se em iniciativas que busquem erradicar a pobreza e a injustiça. Além do suporte material, a ajuda aos necessitados também envolve a provisão de apoio emocional e espiritual. A prática da misericórdia exige uma disposição contínua para ouvir, compreender e agir em benefício daqueles que estão em situações de vulnerabilidade, como vemos na parábola do Bom Samaritano, ensinada por Jesus (Lc 10.25-37).
Comentário: Este tópico da lição sublinha a importância da ação social como expressão da fé autêntica, enfatizando que a “religião pura e imaculada” se manifesta na ajuda aos necessitados (Tiago 1:27). De fato, a lição ressalta que a compaixão e o auxílio aos desfavorecidos são um reflexo do amor divino e uma demonstração concreta da fé cristã. Para ilustrar, os recursos podem ser empregados de diversas formas, desde a doação de alimentos e o oferecimento de abrigo até o envolvimento em iniciativas que visem erradicar a pobreza e a injustiça. Adicionalmente, além do suporte material, a lição destaca a importância do apoio emocional e espiritual, exortando-nos a praticar a misericórdia, a ouvir com atenção, a compreender as necessidades alheias e a agir em benefício daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade, a exemplo do Bom Samaritano (Lucas 10:25-37).
Pergunta Reflexiva: Conscientes de que a fé autêntica se manifesta na ajuda aos necessitados, não seríamos impelidos a buscar formas concretas de expressar a bondade de Deus em nossas vidas, envolvendo-nos ativamente no auxílio aos vulneráveis e praticando a misericórdia em todas as oportunidades que se apresentarem?
3- PROMOVENDO A JUSTIÇA SOCIAL.
A generosidade e a misericórdia são ferramentas para promover o caráter de Deus e cumprir o mandamento de amar o próximo como a nós mesmos (Mt 22.39). Você tem usado seus dons e talentos, bem como seus recursos financeiros, para servir a Deus, refletindo seu caráter e justiça? Seja inteligente e use sua vida e recursos para acumular tesouros nos céus, onde nada poderá roubá-los e a recompensa é justa e certa.
Comentário: Este ponto da lição enfatiza a importância da promoção da justiça social como uma expressão do caráter de Deus e um cumprimento do mandamento de amar o próximo como a nós mesmos (Mateus 22:39). Assim, a lição nos convida a refletir sobre a forma como estamos utilizando nossos dons, talentos e recursos financeiros para servir a Deus, refletindo Seu caráter e promovendo a justiça. Dessa forma, a lição nos exorta a acumular tesouros no céu, investindo em ações que promovam o bem-estar do próximo e a glória de Deus, lembrando-nos de que tais tesouros são incorruptíveis e a recompensa é justa e eterna.
Pergunta Reflexiva: À luz do mandamento de amar o próximo e da importância de promover a justiça social, não seríamos compelidos a empregar nossos dons, talentos e recursos de forma ativa e intencional, buscando contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa, que reflita o caráter de Deus e promova o bem-estar de todos?
CONCLUSÃO
O texto bíblico estudado nos oferece uma visão clara e contundente sobre o uso responsável das riquezas. Deus não condena a posse de bens materiais, mas adverte severamente contra o uso egoísta desses recursos. Somos chamados a viver com autenticidade, usando nossas riquezas com sabedoria, ajudando os necessitados. A verdadeira riqueza, aos olhos de Deus, é medida não pela quantidade de bens acumulados, mas pelo impacto positivo que fazemos na vida dos outros por meio da misericórdia e da bondade. Que possamos ser fiéis administradores dos recursos que Deus nos confia, refletindo seu amor e justiça em todas as nossas ações.”
Comentário: A conclusão da lição sintetiza os principais pontos abordados, reforçando a mensagem central de que Deus não condena a posse de bens materiais, mas adverte contra o uso egoísta e irresponsável desses recursos. Portanto, a lição nos conclama a viver com autenticidade, utilizando nossas riquezas com sabedoria, generosidade e compaixão, em auxílio aos necessitados. Em outras palavras, a verdadeira riqueza, aos olhos de Deus, reside no impacto positivo que causamos na vida dos outros por meio da misericórdia e da bondade. Assim sendo, a lição nos desafia a sermos administradores fiéis dos recursos que Deus nos confia, refletindo Seu amor e Sua justiça em todas as nossas ações, a fim de que possamos acumular tesouros celestiais e receber a recompensa eterna.
Pergunta Reflexiva: Em face do chamado à mordomia fiel e ao investimento em tesouros celestiais, não seríamos convocados a dedicar nossas vidas a uma busca contínua por discernimento e sabedoria, a fim de que possamos administrar os recursos que Deus nos confia com responsabilidade, generosidade e compaixão, refletindo Seu amor e Sua justiça em todas as áreas de nossa existência, e garantindo que nossa jornada terrena seja marcada por um legado de bênção e transformação?
Leia a 10 lição no link: https://palavrafortededeus.com.br/licao-10-autenticidade-diante-das-incertezas-da-vida/