A HISTÓRIA DA MULHER SAMARITANA 4.9 2ª PARTE

EVANGELHO DE JOÃO 

COMENTÁRIO DO CAPÍTULO 4.9 

9 Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).

INTRODUÇÃO

A história da mulher samaritana, em sua segunda parte, retrata a realidade da fragmentação cultural e étnica entre os judeus e samaritanos, uma cisão profundamente arraigada na sociedade da época. A mulher samaritana manifesta sua estupefação diante do pedido de Jesus, pois tinha plena consciência das tensões e preconceitos vigentes entre os dois povos. Esta passagem nos remete à relevância de transcender as divisões e os preconceitos para compartilhar o amor de Deus com todas as nações, como orientado em Gálatas 3:28: “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos vocês são um em Cristo Jesus.”. Podemos extrair valiosas reflexões deste versículo e aplicá-las à nossa caminhada cristã.

SENSIBILIDADE CULTURAL

A interação entre Jesus e a mulher samaritana sublinha a importância de reconhecer e respeitar as diferenças culturais. Jesus não desconsiderou a barreira étnica entre judeus e samaritanos, mas escolheu abordá-la com sensibilidade, demonstrando que o amor de Deus ultrapassa essas divisões. Ele enxergou a mulher samaritana como um indivíduo digno de respeito e consideração, não apenas como parte de um grupo com discrepâncias culturais. Este exemplo nos instiga a refletir sobre nossas próprias atitudes em relação às diversas culturas que permeiam nossas vidas. Estamos agindo com a mesma delicadeza e respeito que Jesus demonstrou? Esta atitude nos recorda a instrução de Paulo em 1 Coríntios 9:22b: “Fiz-me fraco para os fracos, com o fim de ganhar os fracos.” Seguindo o exemplo de Jesus, podemos aprender a ver além das diferenças culturais e a valorizar cada pessoa como um ser único e inestimável aos olhos de Deus.

O PODER DO DIÁLOGO

Apesar das antigas rivalidades entre judeus e samaritanos, Jesus iniciou uma conversa profunda com a mulher samaritana à beira do poço. A história da mulher samaritana nos convoca a relevância de dialogar com aqueles que são distintos de nós, buscando compreender suas perspectivas e compartilhar o amor de Cristo de maneira respeitosa e empática. Através desse encontro, observamos como a comunicação franca pode derrubar barreiras e erguer pontes de entendimento e reconciliação. Provérbios 15:1 nos instrui: “A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira.” Portanto, devemos sempre buscar o diálogo sereno, lembrando que palavras amáveis e atitudes de respeito podem converter conflitos em oportunidades de crescimento espiritual e comunitário.

QUEBRANDO PARADIGMAS

Ao pedir água à mulher samaritana, Jesus desafiou as expectativas sociais e religiosas de Sua época de maneira ousada e profunda. Ele não se submeteu às normas estabelecidas que separavam judeus e samaritanos, mas procurou oportunidades para ensinar e manifestar o amor de Deus de forma transformadora e abrangente. Este exemplo impactante nos leva a ponderar sobre a importância de não nos submeter aos padrões deste mundo, como nos instrui Romanos 12:2: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Devemos, portanto, estar dispostos a romper com tradições excludentes e buscar, através da renovação de nossa mente e coração, viver a verdadeira vontade de Deus, que é sempre boa, agradável e perfeita.

MISSÃO TRANSCULTURAL

A interação de Jesus com a mulher samaritana evidencia de maneira cristalina o chamado dos crentes para uma missão transcultural. Assim como Jesus ultrapassou fronteiras étnicas e sociais para compartilhar o evangelho com alguém de um grupo tradicionalmente antagônico, os crentes são convocados a levar a mensagem de Cristo a todas as nações. Este ato de Jesus serve como paradigma para os cristãos, encorajando-os a saírem de suas zonas de conforto e a alcançarem aqueles que podem ser diferentes em cultura, idioma ou tradição. A missão transcultural é, portanto, uma extensão natural do mandamento de amar ao próximo, desafiando barreiras e divisões para manifestar a abrangência e profundidade do amor divino. Como nos instrui Mateus 28:19-20: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês.”

CONCLUSÃO

Na segunda parte da história da mulher samaritana, somos convocados a transcender nossas próprias limitações e preconceitos, valorizando a diversidade e a riqueza cultural que encontramos na vida das pessoas. Seguir o exemplo de Cristo implica estender a mão para aqueles que são diferentes de nós, esforçando-nos para compreender suas histórias, lutas e necessidades. Ao fazermos isso, cumprimos o mandamento de amar ao próximo como a nós mesmos, conforme nos recorda Mateus 22:39:E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’”.

Promover a reconciliação e a unidade não é tarefa simples, mas constitui uma parte fundamental do chamado cristão. Requer humildade para reconhecer nossas próprias falhas e limitações, bem como coragem para enfrentar as divisões que ainda persistem em nossa sociedade. No entanto, quando nos dedicamos a essa jornada, estamos seguindo os passos de Cristo e contribuímos para a construção de um mundo mais justo, amoroso e compassivo. Como nos ensina Romanos 12:18: “Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.

Leia a 3ª Parte: https://palavrafortededeus.com.br/a-historia-da-mulher-samaritana-3/

3 comentários em “A HISTÓRIA DA MULHER SAMARITANA 4.9 2ª PARTE”

  1. Pingback: A HISTÓRIA DA MULHER SAMARITANA 4.10 - Palavra Forte de Deus

  2. Pingback: A HISTÓRIA DA MULHER SAMARITANA 4.7 - Palavra Forte de Deus

  3. Pingback: A HISTÓRIA DA MULHER SAMARITANA - Palavra Forte de Deus

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima